you did a number on me (who's counting?) // diama

único

Boa noite nação Fátima e Diana! Isso aqui é só um gostinho porque já tô maluca por elas. Enfim, espero que gostem (estou apostando muito na personalidade delas assim na novela e espero que entreguem muita falta de vergonha — mas duvido).

A música do título é So it goes... - Taylor Swift (sempre inauguro um ship com ela, impressionante)

Boa leitura! Comentem <3

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1

O baile de máscaras estava um tédio e os pés de Diana já pediam um banho quente e seu edredom macio. O papel de esposa de Hugo, gerente do resort a ser inaugurado, parecia exigir mais do que o normal no dia.

Um monte de gente metida a besta sem nada de interessante a oferecer, em sua opinião. Passava os olhos despretensiosamente por todo o salão, vendo as mais diversas máscaras e vestidos. Quanta coisa brega e cafona, quanta gente completamente esquecível.

Mas não ela.

Seus olhos pousaram em uma mulher que usava um vestido de mangas compridas e bebia sozinha em um canto, parecendo desanimada. Pela maneira que se portava, parecia desconfortável com toda a cena. Diana conferiu mais uma vez que o marido estava muito envolvido em uma conversa com outro homem e se aproximou lentamente.

— Bom saber que eu não sou a única que não suporta mais nada disso aqui — comentou assim que estava perto o suficiente para ser ouvida.

— O que? Não, eu...

— Relaxa — sorriu de maneira um pouco travessa. Nunca foi de se privar de nada que tivesse vontade, então logo tratou de levar uma das mãos até o cabelo da outra mulher - e confirmou que sim, era tão sedoso ao toque quanto parecia de fora. Afastou um pouco para que pudesse sussurrar perto do ouvido da morena — Foi um elogio. Você é de longe a mulher mais bonita desse resort.

Fátima engoliu em seco e respirou um pouco descompassadamente. O toque delicado e ao mesmo tempo seguro era novidade para ela - assim como as palavras, tão diferentes do que costumava ouvir de seu marido. Não eram as variações de você precisa se cuidar mais, voltar para a academia, usar roupas mais folgadas. Desconfiou que fossem mentiras.

— Você nem está vendo meu rosto — rebateu, olhando para o chão.

— Não preciso — Diana se afastou e usou a mão que estava em seus cabelos para segurar seu queixo levemente — Sem essa máscara, você estaria humilhando todas as outras.

Fátima ensaiou uma resposta, algo nos moldes de acho que você precisa de um óculos ou obrigada, eu acho... Quando foi interrompida pela mão de Robson segurando seu braço com força.

— Vamos, amor? — o apelido carinhoso contrastava o agarrar firme do marido.

Aí sim estava o cenário com o qual ela era acostumada. Diante daquilo sabia como se comportar.

Os dois logo se afastaram, deixando Diana em pé observando as costas - cobertas demais, se sua opinião contasse de algo - da outra mulher, cujo nome tinha acabado de descobrir.

Fátima.

Os cabelos escuros se mexeram no ar e seu pescoço virou quando estavam quase na porta de saída do evento, fazendo com que os olhos das duas mulheres se encontrassem uma última vez.

2

Robson tinha inventado uma necessidade de política da boa vizinhança. Isso havia levado diretamente à cena de Fátima preparando uma mesa para receber os vizinhos da frente com um jantar que era preparado desde a manhã.