Capítulo único.

486 64 21
                                    

oieee mais uma historia de vampiros por motivos de: nunca é demais, e dessa vez é uma história pro bingo de minhe amigue moon @/Moonstar_841 no ao3 e spirit !!

Tw: ataque de pânico, quem for sensivel a isso e não se sentir confortavel lendo, a cena começa em ''Minho franziu as sobrancelhas, sentindo o desconforto crescer em seu peito.'' e termina em ''— Eu... sinto muito. — disse Minho...'' 

boa leitura!!!! 🩸

A luz da lua iluminava através das janelas altas e empoeiradas do armazém. O lugar era enorme, com pilhas de caixas esquecidas e prateleiras que se erguiam até o teto, lançando sombras longas e sinuosas no chão de concreto. A cada passo, o eco das botas de Minho ressoava pelo espaço vazio, o som propositalmente calculado para ser apenas alto o suficiente, como se fosse um aviso do que estava prestes a acontecer.

Ele estava acostumado com esse jogo, a caçada que começava sempre da mesma forma. A adrenalina pulsando em suas veias, a antecipação de mais uma presa abatida, o som abafado de seu próprio coração acelerado.

O ar estava denso, impregnado pelo cheiro de poeira e ferrugem, e o silêncio era quase sufocante. O som das tiras de plástico se chocando era a única coisa que escutava até o momento. Seus dedos estavam envoltos firmemente ao redor da alça do fio de aço, enrolado como uma serpente letal em sua mão. Ele sabia que o vampiro não tinha muitas opções, o armazém era um labirinto sem saída, e ele havia caído em sua armadilha como um tolo.

— Vamos lá... Não adianta fugir, você sabe disso.

Minho cantarolou suavemente, o tom leve e cruel enquanto andava furtivamente, os olhos de Minho varriam cada canto, buscando qualquer movimento. Ele podia sentir Jeongin. O ar parecia diferente. Minho sabia que ele estava perto, talvez atrás de uma daquelas cortinas plásticas, esperando o momento certo para fugir ou atacar. Mas fugir não era uma opção, não com Minho ali.

As divisórias de plástico balançaram com um movimento sutil, entregando a presença do vampiro, então Minho o viu. O vampiro parecia menor ali, curvado e indefeso, como um coelho encurralado, imóvel enquanto seu caçador o alcançava pelas costas.

O caçador avançou sem pressa, seus dedos ajustando o fio de aço com precisão. O aço passaria pelo pescoço de Jeongin com a suavidade de uma navalha cortando seda. Ele já havia feito isso tantas vezes que o gesto era quase natural, mecânico.

Minho passou pela última cortina de plástico, o vendo com clareza e por fim, avançando sem piedade. Minho o atacou sem aviso, chutando suas pernas com força, fazendo o vampiro cair de joelhos em sua frente.

Em meio segundo, o fio de aço foi ajustado ao redor do pescoço pálido do vampiro, duas voltas firmes, precisas. Minho estava prestes a puxar. Estava a um movimento de completar a caçada. Mas então algo inesperado aconteceu.

— POR FAVOR! POR FAVOR, NÃO! —  O grito desesperado de Jeongin cortou o silêncio. Seus olhos vermelhos e arregalados fixaram-se nos de Minho, as lágrimas escorrendo pelos cantos, se misturando à sujeira de sua pele. Ele estava com as duas mãos levantadas como se estivesse se rendendo — Por f-favor! E-eu- — O vampiro soluçava, o corpo tremendo incontrolavelmente, os ombros sacudindo com uma vulnerabilidade que era impossível ignorar — E-eu não quero... m-morrer, p-por favor, eu imploro.

Por um breve momento, o armazém inteiro pareceu congelar. O tempo, o espaço, até mesmo o som do próprio coração de Minho parecia ter parado, como se até mesmo o universo aguardasse o que Minho faria.

Não.

Minho precisava terminar a missão. O fio estava pronto. Seus dedos o seguravam com força, bastava um puxão. Apenas isso. Era tão simples. E, no entanto, ele não conseguia.

Sede vermelha | Minjeong Onde histórias criam vida. Descubra agora