CAPÍTULO 20
3 MESES DEPOIS
– A sala é meio pequena, né? – eu falei em meio a passos lentos observando o cômodo vazio
– Você coloca defeito em tudo, meu Deus
– Não tô colocando defeito, só comentando
– A sala é praticamente do tamanho da sua e você vive muito bem lá. Eu não preciso de muito espaço, sou pequeno
Esse já devia ser o décimo apartamento que Diego visitava, eu consegui acompanhá-lo em algumas visitas, mas sinceramente não fazia questão de ir, não estava nenhum pouco interessado em um novo apartamento só dele. Ele odiava o apartamento que morava, passava mais tempo no meu e um dia, ele acordou decidido a procurar um novo lugar.
– Você já odeia onde mora, tem que escolher um que seja perfeito pra não se frustrar de novo – eu falei enquanto abria a janela da pequena sala e uma brisa gelada entrou
– Eu gostei desse... Mas queria uma varanda. Eu gosto da sua varanda apesar de ser pequena
– Vou ficar calado já que eu reclamo de tudo
Sua risada alta fez eco no ambiente. Ele andou, lento, até mim e abraçou minha cintura selando nossos lábios.
– Eu sei o que você tá fazendo, meu bem. Você tá colocando defeito em todos os apartamentos porque não quer que eu encontre um lugar que eu goste e pare de dormir com você todos os dias
Ele piscou o olho direito pra mim, como quem descobre um grande segredo enquanto minha mão segurou sua nuca.
– Não é nada disso!
Era exatamente isso.
Eu me acostumei a tê-lo todos os dias dormindo comigo, estar em sua companhia até no silêncio, planejar o que vamos jantar, saber que depois de um dia estressante a gente podia se grudar debaixo do mesmo chuveiro juntos. Eu não queria perder isso ou diminuir a frequência.
– Tá tudo bem, amor – ele disse ficando na ponta do pé e alcançando mais uma vez meus lábios – Não é como se eu tivesse me mudando pro outro lado do mundo, tô até procurando em bairros próximos. E também... Seu apartamento é muito pequeno pra nós dois.
– A gente arruma outro
A resposta saiu mais rápido do que eu planejei e Diego abafou sua risada no meu peitoral.
– Eu sabia que era isso
Ele fez menção de se afastar, mas eu agarrei sua cintura com mais força do que o necessário e colei de novo nossos corpos.
– Eu só não quero perder a nossa rotina
Seus braços enlaçaram meu pescoço e enquanto eu inclinava a cabeça para baixo, ele fazia o contrário, assim os nossos olhares não desviaram e pareciam ficar mais profundos a cada a palavra.
– Você não acha que tá muito cedo pra gente morar junto? É tipo um casamento, Amaury
– Você acha que eu namoro com você pensando em quê? Em terminar a qualquer momento? Eu quero casar com você, pequetito
– Tá me pedindo em casamento?
– Ainda não
Ele jogou a cabeça levemente para trás e fechou os olhos, respirando fundo.
– Então o que, Amaury? – tinha um leve tom de irritação na sua voz
– Eu não quero dormir sem você nunca mais, é isso. Não quero ter que planejar minhas compras da semana sem você dando pitaco. Não quero ter que pegar meu carro pra ir até a sua casa, porque eu quero que a casa seja nossa, Diego. Eu quero um novo lar, com você, que tenha o meu jeito e o seu... – uma de minhas mãos agora estavam no seu rosto, meu polegar acariciava a sua bochecha – Mês passado eu quase morri com a possibilidade de você voltar pra Ribeirão, mas felizmente sua transferência oficial saiu. Ali, eu tive certeza que não quero ficar longe de você, nem que seja por uma única noite. Eu não tô dando certeza que isso vai dar certo, tá bom? Mas... A gente pode tentar
Os olhos dele que estavam fechados, curtindo meu carinho, mas quando eu terminei de falar se abriram revelando orbes douradas brilhando mais a cada segundo.
– Vamos tentar – disse, por fim
– Então você aceita?
– Eu aceito morar com você como forma de estágio probatório para que possamos casar no futuro
Meu coração saltou com a resposta e acredito que abri o sorriso mais sincero de toda a minha vida.
– Fico feliz que passei no concurso público do seu coração
– Você é brega demais!
***
Sentia meus olhos lacrimejarem, um arrepio constante passar pelo meu corpo e um gemido fraco escapar a cada centímetro que a boca de Diego cobria mais o meu pau. Tive a sensação de meus pés se perderem do chão quando ele olhou pra cima, ajoelhado, fixando seu olhar em mim com olhos brilhantes enquanto sua boca era totalmente preenchida. Ele fechou os olhos com força no momento em que senti bater no fundo da sua garganta.
No momento em que ele apertou a carne do meu quadril com as duas mãos, eu entendi o que ele queria. Diego afastou um pouco e eu conseguia ver a fina linha de saliva que nos ligava agora. Segurei seu rosto firmemente com as duas mãos.
– Maury, por favor... – sua voz era baixinha, manhosa, suplicante
– Você não precisa pedir, amor. Eu sei o que você quer... – eu disse e logo desferi um tapa forte em seu rosto, que ficou mais vermelho imediatamente
Um sorriso quase se formou em seus lábios, mas no segundo seguinte meu pau já estava na sua boca e eu movia meu quadril em sua direção sem nenhuma preocupação ou cuidado.
Seus olhos estavam cada vez mais brilhantes enquanto ele me recebia inteiramente em sua boca. Meus dedos seguravam firme seu rosto enquanto eu fodia sua boca repetidas vezes. Seus grunhidos e gemidos só me incentivaram a mover o quadril com mais força. Sentia minhas forças acabando e o orgasmo se aproximando lento, lutava para manter os olhos abertos porque eu não sou louco de perder aquela visão. Trouxe seu rosto para mais perto e os poucos segundos que aquele momento durou, me fazia sentir desfazer por dentro. Meu pau mergulhado no fundo da sua garganta, o barulho de engasgo, a sensação quente e molhada.
Quando me afastei um pouco, ele estava ofegante. Pensei que precisaria de um tempo para se recuperar, mas logo meu pau já estava novamente fodendo a sua boca, dessa vez, apesar da firmeza das minhas mãos para manter seu rosto no lugar necessário, ele começou a mover a cabeça também, fazendo com que nossos movimentos se encontrassem e desse jeito eu já estava próximo de explodir, sentindo espasmos fortes.
Afastei seu rosto de forma bruta, mas ainda mantendo uma mão na sua nuca e segurando firmemente seus cabelos. Toquei meu pau, iniciando uma masturbação intensa e mais rápida do que eu imaginei que seria, pois quando ele afastou um pouco mais, olhou totalmente para cima, em minha direção e colocou a língua para fora como quem implora, eu não aguentei. Um gemido alto e rouco anunciou meu clímax. Gozei despejando o líquido viscoso na sua bochecha, próximo aos lábios e língua.
Seu olhar intenso e seu meio sorriso me fazia arrepiar e me obrigava a escoar totalmente na parede vazia atrás de mim, procurando algum tipo de sustentação. Um choque percorreu meu corpo quando sua boca voltou a cobrir a cabeça do meu pau totalmente sensível, limpando qualquer vestígio de porra.
Eu gemi e sorri, deixando mais um tapa no seu rosto, o que fez o líquido que ainda estava escorrendo pela sua bochecha se espalhar um pouco mais. Ele gemeu abafado com meu pau ainda deslizando entre seus lábios.
Ele estava uma bagunça. Seu rosto estava vermelho, os lábios inchados, o cabelo totalmente desarrumado, lágrimas acumuladas no canto dos seus olhos e tinha porra por todo o rosto. Estava lindo.
– Bem-vindo ao nosso novo lar, meu bem – Diego disse, ainda ajoelhado, me olhando debaixo, sorrindo.
Era o primeiro dia de dezembro, havíamos acabado de assinar o contrato e pegar as chaves do nosso novo apartamento. Nosso. Diego achou que um bom jeito de comemorar era me chupando no meio da nossa sala vazia. Boquete de comemoração, segundo ele.
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Lavanda (Dimaury)
FanfictionAmaury Lorenzo é um investigador da Policia Civil com 15 anos de experiência. Sua vida pessoal estava um caos após a separação de um casamento de 7 anos. Sua vida profissional não ficava atrás no quesito caos, uma vez que o investigador se via em um...