PRA VOCÊ EU DIGO SIM

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Na manhã seguinte, a luz suave do sol começava a entrar pelas frestas das cortinas, iluminando o quarto com um brilho cálido e tranquilo. João Pedro foi o primeiro a despertar. Sua cabeça estava pesada, o efeito do vinho da noite anterior ainda rondando sua mente. Ele piscou algumas vezes, tentando clarear a visão, enquanto se acostumava com a claridade do dia. Olhou em volta, percebendo Sandra ainda sobre ele, o corpo dela aconchegado em seu peito, dormindo tranquila. A cena o fez sorrir suavemente, mas logo ele sentiu uma pontada de dor na cabeça.

Ele se moveu um pouco, tentando ajustar o corpo, e esse pequeno movimento fez com que Sandra começasse a despertar. Ela abriu os olhos lentamente, piscando de forma sonolenta enquanto notava o movimento dele. A voz dela saiu suave e preguiçosa.

— O que foi? — ela perguntou, ainda um pouco grogue, a cabeça descansando sobre o peito dele.

João Pedro soltou um leve suspiro e coçou a cabeça, os lábios se curvando num sorriso cansado. — Parece que o vinho entrou em minha cabeça... — ele respondeu, a voz rouca da manhã ainda presente.

Sandra riu de forma sonolenta, os olhos semicerrados e um sorrisinho preguiçoso surgindo no rosto. — Da próxima vez fique no seu whisky de machão... ou na sua cerveja... — provocou, com uma voz arrastada, ainda se espreguiçando levemente em cima dele.

Ele riu junto com ela, a mão indo à testa enquanto coçava a cabeça, claramente lidando com o incômodo da ressaca. — Puta que pariu, véi... — murmurou, balançando a cabeça como se estivesse arrependido de ter se rendido ao vinho.

Sandra se ajeitou um pouco mais em cima dele, deitando de lado agora, com uma perna ainda enroscada nele. Ela observava o jeito dele, as expressões de dor e incômodo, mas mesmo assim não resistiu à chance de brincar um pouco. — Mas foi uma noite boa, né... — ela disse com um sorrisinho provocador, os olhos brilhando enquanto olhava diretamente para ele.

João Pedro riu baixinho, já conhecendo aquele tom de voz e sabendo que ela estava preparando algo. Ele olhou para ela com um meio sorriso, levantando uma sobrancelha. — Ah, foi, sim... se eu não tivesse com essa dor de cabeça, tava perfeito... — Ele falou isso, mas o brilho nos olhos dele mostrava que ele estava mais que satisfeito.

Sandra, percebendo que ele estava entrando na brincadeira, começou a se insinuar. Ela deslizou as mãos suavemente pelo peito dele, traçando um caminho provocador com as pontas dos dedos, enquanto o corpo dela começava a se mover levemente em cima dele. O sorriso no rosto dela ficou mais malicioso. — Pena... — ela murmurou, baixando a voz. — Porque... eu tava pensando em como a gente podia... repetir algumas coisas...

Ele soltou uma risada curta e rouca, sentindo o corpo dela contra o seu, e, apesar da dor de cabeça, o desejo não demorou a reaparecer. Ele a puxou para mais perto, as mãos firmes nas costas dela, enquanto seus olhos encontravam os dela com aquele brilho familiar de provocação. — Ah, mas se for o caso, esteja avisada que a dor da cabeça de cima não interfere na cabeça de baixo... — Ele murmurou contra os lábios dela, um sorriso safado tomando conta de sua expressão.

Sandra arregalou os olhos, surpresa e divertida ao mesmo tempo, e deu um leve tapa no peito dele, sem conseguir esconder o riso que escapou. — JOÃO PEDRO! — exclamou, fingindo repreensão, mas a diversão brilhava em seus olhos, o riso transformando sua expressão.

Ele zombou de volta, sua voz cheia de brincadeira enquanto repetia o nome dela de forma exagerada. — Saaaandraaa! — riu, observando a reação dela com aquele sorriso travesso que ele sempre dava quando sabia que havia pego ela desprevenida.

Ainda rindo, ele a segurou pelas costas, mantendo o corpo dela perto do seu, enquanto olhava nos olhos dela, mais sério agora, mas ainda provocativo. — Mas falando sério, princesa... nem mesmo uma ressaca me impediria de ficar de pau duro por você. — A voz dele era grave e baixa, carregada de um desejo que ela conhecia bem.

Sandra mordeu o lábio, os olhos piscando com aquela mistura de divertimento e excitação, sem saber se ria mais ou se se rendia à intensidade que ele trazia para cada palavra. Ela se inclinou um pouco mais, trazendo os lábios perto dos dele, enquanto ainda mantinha aquele sorriso provocante no rosto. — Ah, é mesmo? — ela sussurrou, sua voz suave e carregada de insinuação.

Sandra aproveitou o corpo colado ao dele, e, com um movimento sutil, deslizou a coxa por cima do pau de João Pedro, que já estava respondendo ao toque. Um sorriso travesso apareceu no rosto dela, mas logo depois, ela se fez de desentendida, se levantando da posição em cima dele e sentando ao lado, como se nada tivesse acontecido.

João Pedro observou a ação dela com um sorriso, claramente se divertindo com as provocações de Sandra. Ele sabia que ela gostava de brincar daquele jeito, testando os limites sem nunca deixar as coisas esfriarem completamente.

— Ô João Pedro, e essa festa que você vai tocar? — ela perguntou, mudando o assunto de forma casual, mas ainda com aquele brilho provocativo nos olhos.

— Tem o quê? — ele respondeu, erguendo uma sobrancelha, curioso sobre o rumo da conversa.

— Como vai ser, hein? — Sandra perguntou, fingindo um interesse genuíno, mas sabendo que ele estava bem ciente de onde ela queria chegar. Ela estava gostando de prolongar a brincadeira, mantendo o clima entre os dois leve e cheio de desejo.

João Pedro soltou uma risada, ainda deitado, olhando para ela com aquele olhar de quem sabia que ela estava o provocando. — Vai ser boa... — ele disse, inclinando a cabeça. — Mas por que o interesse repentino?

— Ah, porque eu nem sabia que ia numa festa, né? Preciso saber o que vestir. — Sandra falou com uma voz levemente fútil, mas propositalmente provocativa.

João Pedro a encarou com diversão, quase incrédulo, e soltou: — Tô nem crendo.

— Oxente, é proibido, é? — ela retrucou, com aquele tom que misturava ironia e charme.

Ele riu mais, a olhando com diversão nos olhos. — Oxe, na dúvida vai pelada, ué! — respondeu provocador. Sandra deu um tapa nele, rindo. — Você é uma graça, princesa.

— E que horas é, hein? — ela perguntou, mudando o tom para algo mais casual.

— Ah, ainda é de tarde, a gente tem tempo de fazer muita coisa antes. — Ele respondeu, com um sorriso sugestivo.

Ela hesitou por um segundo, os olhos desviando, ficando levemente tímida. — E você... — começou, a voz suave, o deixando um pouco confuso. — Vai ter tempo pra mim?

Entre Batidas e Segredos - AU Josandra (textos)Where stories live. Discover now