Notas: 23:58 ainda é sábado, então cumpri meu próprio prazo! Espero que gostem e boa leitura!
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De todas as vezes que ouviu de Samuel, Camila e do próprio Enrique que o chefe/pai queria matá-lo, Amaury nunca acreditou que ele poderia realmente cumprir a ameaça. Mas se saísse da conversa que Enrique certamente ia querer ter com vida, sobreviveria a qualquer coisa.
Mas aquilo teria que esperar, pois acalmar Diego era mais importante no momento. A voz dele era puro nervosismo quando se dirigiu aos agentes.
— Meu Deus, desculpa! Eu não devia ter vindo assim, eu nem devia ter vindo, na verdade! Eu vou embora!
— Calma, calma. Tá tudo bem! — Amaury o segurou pelos ombros tensos — Gente, esse é o Diego, ele é chefe de programação da Esfera e meu namorado. Diego, esses são meus irmãos, Samuel e Camila e meu pai, Enrique. — a veia na têmpora do chefe saltou de novo.
— Prazer, Diego. E bem vindo à família. — Camila se adiantou e abraçou o ruivo, que fechou os olhos, parecendo apreciar o contato. Ela dava ótimos abraços — Imagino que tenham muito o que conversar, então é melhor a gente ir, né? — ela se voltou para Samuel e Enrique e os dois concordaram.
Em minutos, eles pegaram suas coisas e saíram, despedindo-se de Diego (Samuel, ainda com aquele sorriso, pediu para Diego mandar uma mensagem para marcarem alguma coisa. Amaury tentou lhe dar um beliscão; Enrique se limitou a lhe lançar um olhar de gelar a espinha). O agente segurou a mão dele e o conduziu para dentro da casa. Sentiu o anel e puxou a mão dele delicadamente para cima, para examinar a peça.
— Que anel é esse? É do circuito do seu novo robô?
— É. Eu tava com ele no bolso e fingi que era uma aliança. — ele sentou pesadamente no sofá e Amaury sentou ao seu lado. Diego olhou para ele, apreensivo — Eu sinto muito mesmo por essa confusão.
— Fica tranquilo. Me conta o que aconteceu?
— Aparentemente, a empresa está passando por dificuldades financeiras e um novo sócio ofereceu um aporte que seria suficiente pra nos salvar, mas ele pediu maior participação e voz no conselho e para consolidar a posição dele na empresa, exigiu um casamento meu com a filha dele.
— Seu pai aceitou esse acordo?
— Acho que ele pensou que seria a única maneira de me desencalhar. — disse, irônico. Limpou as novas lágrimas com raiva pois seu pai não as merecia — Mas o pior é que se eu não casar, eu não sei o que vai acontecer com a empresa. Tanta gente trabalha conosco, depende da Esfera pra se sustentar… Se realmente formos à falência, o que vai acontecer com todos?
Amaury apenas encarou Diego, incrédulo. Essa era a preocupação dele? Os funcionários perderem o emprego? Não ser forçado a se casar?
— Diego…
— Eu passei a vida toda aturando a Francesca. Tive uma folga nos últimos anos, mas se é o preço que eu tenho que pagar, então-
— Ei, que isso? Já desistiu de casar comigo? — disse, para fazer o outro rir.
— Ai, Amaury… Desculpa, isso foi uma loucura minha. Nossa, o que o seu pai vai pensar? E os seus irmãos? — ele cobriu o rosto com as mãos e o agente puxou uma delas levemente, apenas o suficiente para olhá-lo nos olhos.
— Não é justo que só você tenha que se sacrificar dessa forma pela empresa, Diego.
— Eu posso tentar incluir algumas cláusulas que me protejam do pior e garantam que ninguém vai perder o emprego quando os Bianchi ganharem mais poder.
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Amor e Outros Segredos
Literatura FemininaPara se livrar de um casamento proposto pelo pai, Diego pede a Amaury, um novo amigo e executivo na empresa de sua família, que se case com ele. A ideia é que eles fiquem juntos por um período curto, só até o pai sair de seu pé. O que ele não sabe...