Bônus 4 - Além da varanda

587 68 182
                                    

OBSERVAÇÃO:

Esse capítulo é um compilados de momentos de Diego e Amaury, sem ordem cronológica. Em algumas partes eles ainda namoram, em outras são noivos etc. Não existe cronologia nele.

Boa leitura!

Era apenas mais um dia normal. Amaury saía de sua terceira aula, mas o leve mal estar que sentia desde cedo estava piorando. Por este motivo, foi até a sala da coordenação e avisou que iria ao posto de saúde. Em tempos em que Covid ainda existia, mesmo de máscara, não podia arriscar contagiar os alunos.

Sentado na sala de espera, decidiu não avisar Diego para não preocupá-lo. Poucas semanas atrás, antes de ser pedido em casamento, o ruivo acabou em uma crise muito forte, assim sendo, não queria causar mais preocupação, especialmente após saber que os pesadelos que atrapalhavam o sono de seu noivo desde o isolamento envolviam perdê-lo. O preto ainda não conseguia acreditar que era a causa de toda aquela preocupação. Sentia um amor tão forte por aquele baixinho...

"Amor, vou chegar um pouco mais tarde hoje. Te amo ❤️"

Enviou a mensagem sem dar muitas explicações. O motivo do atraso era que estava na fila, aguardando para fazer o teste rápido. Após horas de espera, chegou sua vez, e o resultado não foi o que ele gostaria de ver: havia testado positivo.

Recebeu as orientações médicas e se dirigiu até sua casa, se preparando para falar com Diego. Preocupava-se com o emocional do seu amado.

— Oi, amor! — ouviu assim que abriu a porta, mas diferente do habitual, não tirou a máscara. — Tá tudo bem?

— Ei, amor! — foi até a poltrona do lado oposto ao que Diego estava.

— Amor, eu estava me sentindo mal, fui no posto e... Positivei. Eu tô bem, é só um cansaço e um certo mal estar, mas vou ter que passar um tempo isolado. — soltou logo, falando com calma e analisando cada reação do outro.

— Meu Deus, Maury... Eu... Droga, queria pelo menos te dar um abraço agora.

A preocupação tomava Diego, saber que Amaury fora acometido por aquela doença era literalmente seu pesadelo virando realidade.

- Não fica assim, eu tô bem mesmo. Vou pegar umas roupas e passar os próximos dias no quarto de hóspedes, ok? Como tem banheiro, não vou precisar ficar saindo, e logo mais a gente fica grudado de novo.

Olhavam nos olhos um do outro, pareciam estar voltando no tempo, desejando se tocarem sem poder.

Amaury levantou e foi ao quarto deles separar o que precisava, devidamente protegido, é claro. Depois de pegar tudo o que utilizaria naqueles dias e levar para o seu quarto temporário, voltou para a sala, onde Martins permanecia sentado, com o olhar distante.

— Di, você vai ficar bem? Tô preocupado contigo...

O ruivo assentiu rapidamente, engolindo a vontade de chorar.

— Só se cuida, meu bem. Eu tô aqui, qualquer coisa me chama... Vou preparar algo pra comer e te levo lá na porta. — sua fala pausou por alguns segundos e então emendou. — Eu te amo, viu?!

— Também te amo, meu bem.

Amaury parou, olhando para Diego, ambos cheios de angústia, mas logo entrou no quarto. Tomou um banho demorado, se trocou e deitou. Sentiu o corpo relaxando um pouco, afinal, estava exausto, e então o telefone notificou uma mensagem.

"Deixando sua comida na porta do quarto e indo deitar. Qualquer coisa me chama, por favor. Te amo"

Amaury abriu a porta e pegou o pote rapidamente. Colado na tampa, havia um post-it:

IsolatedDonde viven las historias. Descúbrelo ahora