FATE (outra vez)

Silêncio 🔞

O mais profundo, o mais rápido, o melhor que o outro tinha para dar era dele, e somente dele. Toda a luxúria de Ramiro era para ele, toda a brutalidade de seus beijos era para ele, somente para ele, e ele queria agora, não podia esperar.

A língua de Ramiro percorria a extensão de seu pescoço que agora estava todo marcado, sua mão se apertava em sua coxa com o desejo, dois dedos grossos e calejados que se moviam rapidamente para dentro e fora dele, penetrando em seu interior, o preparando, fazendo círculos enquanto ele queria dar conta de si mesmo e gozar bem ali, seu corpo sentia falta de seu preto por inteiro, cada centímetro dele.

O loiro levantou os quadris para sentir mais do que estava sendo dado, seus lábios já estavam inchados pelos beijos e mordidas selvagens que ele dava na tentativa de não gritar de prazer.

O sorriso de Ramiro era quase diabólico, mas ele sempre era muito mais.

Mas Ramiro não queria que fosse assim, ele iria amá-lo, o sentir, o aproveitar em cada pedaço. Tanta saudade.

E mesmo que, no fundo, Kelvin amasse tudo que Ramiro o dava, como acontecia todas as vezes, ele imploraria mil vezes se necessário, em todas as línguas que conhecia.

— Eu... por favor. —Sua voz ofegante não passava de um gemido sussurrado de palavras desconexas que se resumiam a uma coisa, que Ramiro finge não entender.

— Não ouvi. — O maior provocou, abusando dos mamilos rosados do marido enquanto seus dedos agora faziam movimentos circulares em torno da parte externa de sua entrada, o massageando, os dedos lambuzados de lubrificante. — Cê quer o que?

Mas Kelvin não precisou, e sequer conseguia balbuciar alguma resposta, o olhar de Ramiro sobre ele já dizia tudo.

Ele roçou seu membro contra a entrada do loiro, provocando-o o máximo que podia, entrando devagar e depois recuando, fazendo o menor gemer descontente, era mais do que prazeroso ver o quanto o loiro precisava dele, o quanto ele precisava tê-lo dentro de si, tanto quanto ele o queria.

Assim, cansado de esperar, o preto o penetrou de uma só vez, afundando o rosto na curva de seu pescoço, onde mordeu e chupou com força.

O interior quente do outro o apertou em uma mistura de prazer e necessidade, querendo acelerar o ritmo, querendo mais dele. Nada se comparava ao prazer de ver, sentir e ouvir o loiro querendo mais e mais dele, se entregando, sendo preenchido, marcado.

— Cê sentiu falta disso, não é? — Ele provocou, puxando o rosto de Kelvin com força para um beijo molhado e bagunçado, enquanto aumentava a velocidade de suas estocadas e o loiro arranhava com força a pele de suas costas.

— Mais rápido, por favor. — Ele pediu sem fôlego, seu orgasmo se aproximando. Ele tentou levar a mão até seu próprio membro, que implorava para ser aliviado, mas com um ou dois toques o preto agarrou sua mão e o impediu de continuar, agora segurando suas duas mãos acima da cabeça e diminuindo deliberadamente a velocidade das investidas para puni-lo.

— Não precisa ter pressa, amor.

Então, Ramiro moveu os quadris com rapidez e força, sentindo-o se contrair a cada vez que seu membro roçava o alvo do prazer dentro dele, penetrando em um ritmo frenético, intenso e rápido, exatamente do jeito que Kelvin vinha implorando desde que haviam começado.

O corpo do loiro balançava embaixo dele, hipnotizado pelo prazer, seus olhos revirando e uma camada de suor cobrindo sua pele branca e macia. Eles sempre foram do tipo que faziam sexo com as luzes acesas, e ele se deliciava em ver a expressão de prazer infinito no lindo rosto de Kelvin.

— Não para, porra…

Ramiro não precisou ouvir duas vezes e aumentou ainda mais as investidas, sentindo o orgasmo chegar com força enquanto beijava e mordiscava a pele macia do peito do marido.