#HorrorDoce
Un rouge vibrant, comme le sang fraîchement versé de vers dégoûtants.
A luz amarelada do poste iluminava fracamente o caminho a ser seguido até o parque, localizado bem no final daquela estrada. A lama impregnava em meus sapatos já surrados, tornando tudo ainda mais desagradável. A semana inteira vinha sido decorada com os baixos que o sistema me enfiava goela abaixo, me sufocando até que se esgotasse o último respiro de sanidade que havia em meu corpo.
Talvez essa falta de sanidade me tivesse feito caminhar por aquela estrada de barro em uma noite fria - como todas em Valle Dei Dimenticati. Geralmente, nenhuma família durava mais que cinco anos naquela região, seja por falta de oportunidade, seja pelos relatos assombrosos que recaiam sobre a cidade.
Os Attwood, meus pais, foram uma das poucas exceções.
Talvez a insanidade tenha subido às suas cabeças o suficiente para decidirem não só ficar, como também criar seus dois únicos filhos naquele ambiente. Malditos. Qualquer um que pensasse minimamente sobre todos os contras que haviam em criar uma família naquele local abandonado pelo sagrado, descartaria a ideia de consolidar uma família ali. Não há crianças, muito menos escolas ou parquinhos em boas condições, isso me levou a ter uma criação totalmente feita em casa.
O vento sempre estava forte, mas naquela noite estava consideravelmente pior. Bagunçava rebeldemente meus cachos tingidos de vermelho, assim como sussurrava nos ouvidos dos moradores do vale como uma entidade mal-humorada, que fora fadada a ter seu espaço invadido por humanos inconvenientes.
Os humanos inconvenientes eram eu, Armin, Alexy, Rosalya, Kim e Kentin, seis jovens que, por algum acaso do destino - que prefiro carinhosamente chamar de maldição, foram parar naquele pedaço de fim de mundo.
Um arrepio percorreu nossos corpos quando um sopro gélido veio em nossa direção, acompanhado de um som alto, estridente, chamando a atenção de todos. O portão metálico do cemitério ao nosso lado rangia com a força dos ventos da noite, um dos lados da grande passagem estava totalmente aberta, como um convite macabro de quem já não estava mais entre nós.
- Cara, essa cidade é bizarra, cruzes! - A voz de Alexy quebrou o silêncio do ambiente. Apesar da brincadeira, a tensão do meu corpo sequer diminuiu.
- Continuo achando uma péssima ideia virmos até aqui, porra. Dona Olga disse para não caminharmos para esse lado da cidade depois das dez horas da noite, vocês deveriam escutar aquela velha, caralho! - As reclamações de Kentin, que tivemos que aturar durante toda a noite de bebedeira, se fizeram presentes novamente.
- Você deveria parar de achar que aquela velha é uma bruxa sensitiva ou algo do tipo, ela é apenas louca. - Kim, que andava um pouco mais atrás, se juntou na pequena roda que se formava frente ao cemitério.
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Comment vas-tu, Vermelho? [Castiel Veilmont]
FanfictionMeus pais costumavam me falar que a morte sempre andava comigo, e sinceramente? Eles não poderiam estar mais que certos. O vermelho do líquido quente coloria meus mais profundos traumas como uma cicatriz horrenda, vibrante como a pequena esfera que...