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- Cê tem certeza que foi a sua primeira vez? - pergunta Amaury ainda ofegante.

- Tenho... Porquê?

- Eu nunca senti tanto tesão em toda minha vida.

- Ah tá, vai falar que você, um idoso de trinta e nove anos nunca transou com ninguém que transasse melhor do que eu, um simples garoto de quase vinte e sete anos que até horas atrás era virgem!? Tá bom, vou fingir que acredito.

- Não é isso... É que eu nunca me relacionei com ninguém que eu amasse de verdade... Acho que é isso, eu sempre fiz sexo, mas nunca fiz amor.

- Isso é tão clichê... Mas é tão verdade.

Eles, então, se viram finalmente, ficando de frente um para o outro.

- Diego...

- Oi.

- Eu te vivo.

Diego logo entende.

- Eu te preciso.

- Eu te amo - falam ambos em uníssono.

Eles riem. Isso era uma trecho de um dos livros que Amaury mandou Diego ler. E pelos vistos, o garoto obedeceu.

- Parece que você anda lendo os livros que eu te mandei ler.

- Até que são interessantes.

Eles se olham. Apenas se olham. Não deve haver sensação melhor do que observar a pessoa que você mais ama, sabendo que é correspondido. É como se uma paz se formasse em seu peito. Com aquela pessoa você sabe que pode sempre contar.

Ambos confiam cegamente um no outro, e sabem que o podem fazer sem medo. Sem medo de ser julgado ou abandonado pelo outro. Isso é amor.

- Eu te amo tanto, Amaury.

- Eu te amo tanto, Diego.

Eles se beijam. Um beijo repleto de amor, carinho, compreensão, tesão.

- É melhor a gente dormir, que daqui a pouco o sol nasce - fala Diego.

Amaury não pôde deixar de rir quando se deu conta de que eles transaram por horas e nem sequer notaram o tempo passar. Infelizmente, os melhores momentos passam rápido, por isso é que devemos aproveitar cada segundo. E eles com certeza o fizeram.

- Boa noite, pequetito.

- Boa noite, meu preto.

Eles selam este lindo momento com um pequeno selinho, entrelaçando suas mãos, e assim ficando até adormecerem.

Já é de manhã, o sol já nasceu há horas.

Assim que Diego acorda, abrindo lentamente seus olhos, se dá conta de que a cama está vazia demais.

- Amaury? - fala se erguendo lentamente.

De início, sente um certo medo. Onde estará Amaury? Terá o abandonado? Diego sabe que ele nunca o faria, mas ainda assim, não pôde evitar pensar nessa possibilidade. Tudo isso é muito novo pra ele. Mas o medo logo passa quando Amaury sai da cozinha e vem em direção a ele. Está usando uma camisa azul e uns calções brancos. Trás ainda, um avental cobrindo a roupa. Amaury parece trazer com ele um cheiro maravilhoso de café da manhã. O cheiro do café, do pão aquecido, do queijo... Diego como um bom taurino que é, logo sente sua boca salivar. Bom, talvez não só por isso.

- Bom dia meu amor - fala Amaury deixando um beijo estalado nos lábios de Diego.

- Bom dia - responde ainda sonolento.

Secret Love | DIMAURYWhere stories live. Discover now