A história de Valentina e Luiza começa na infância, quando se conhecem na escola e rapidamente se tornam amigas inseparáveis. Enquanto Valentina, tímida e reservada, se refugia nos livros, Luiza, extrovertida e sempre cercada de amigos, é o oposto c...
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Abriu minha visão, o jeito que o amor Tocando o pé no chão, alcança as estrelas Tem poder de mover as montanhas Quando quer acontecer, derruba as barreiras
Para o amor não existem fronteiras Tem a presa quando quer Não tem hora para chegar E não vai embora
Chamou minha atenção a força do amor Que é livre pra voar, durar para sempre Quer voar, navegar outros mares Dá um tempo sem se ver mas não se separa
A saudade vem Quando vê não tem volta Mesmo quando eu quis morrer De ciúme de você, você me fez falta
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Luiza
Eu entrei na sala e percebi que todos já estavam lá. Primeiro, passei pela porta, tentando não chamar atenção. Logo depois, Valentina entrou, com a cara mais sapeca do mundo.
Não foi preciso dizer nada; nossos amigos e até os dela perceberam imediatamente.
— Ih, olha a carinha de quem aprontou! — Ícaro comentou, soltando uma risada.
— O que foi, Luiza? — Iza perguntou, cutucando meu braço. — Você e Valentina sumiram por um tempo...
Eu tentei disfarçar, mas estava claro que meu rosto entregava tudo. Valentina, por outro lado, manteve aquele sorriso travesso, mas não disse uma palavra.
— Nada demais... só conversamos um pouco — respondi, tentando mudar de assunto, mas sentindo meu rosto esquentar.
Valentina se sentou ao meu lado, seus dedos discretamente roçando os meus debaixo da mesa. Aquele toque simples fez meu coração disparar de novo. Eu sabia que, mesmo ali, entre todos, ela conseguia mexer comigo de um jeito que ninguém mais fazia.
Ela me lançou um olhar cúmplice, como quem diz que aquilo era só o começo. Eu tentei me concentrar na aula, mas tudo o que eu conseguia pensar era no momento que tínhamos acabado de compartilhar e na sensação de querer mais.
A sensação era boa demais, era como se algo dentro de mim tivesse despertado — um desejo que Luiza havia trazido à tona.
Ela, sem saber, havia criado um monstrinho em mim, um que queria mais daquele toque, daquele beijo, daquela proximidade que faz o coração disparar.
Olhei para Luiza, que estava ruborizada, tentando disfarçar, mas estava claro que algo havia mudado entre nós.
Os olhares cúmplices, os sorrisos tímidos, e aquele calor que nos envolvia estavam ali, à vista de todos, mesmo que disfarçados.