O fim de semana já se aproximava novamente e eu estava com a expectativa de saber se iria ver Amaury, ou não. Eu sabia que não conseguiria ir à capital, era fim de mês e na minha conta bancária tinha apenas dez reais. Minha esperança era que ele me avisasse que viria, mas como eu sofro demais e o universo conspira contra mim, o meu ébano me avisou que infelizmente não viria, pois apareceram alguns compromissos de trabalho para ele.Só me restou ficar com saudades e esperar mais uma semana. Enquanto isso, me candidatei a algumas vagas de emprego que surgiram na capital. Se conseguisse, seria uma grande mudança, mas seria algo bom.
Cheguei a fazer algumas entrevistas e nada deu certo. Eu estava ficando frustrado e Amaury percebeu, eu só não contei pra ele o motivo. Inventei uma desculpa qualquer. Não queria que ele achasse que estava procurando um trabalho novo para poder ficar mais perto dele. Eu sei que esse era o motivo principal, mas achei melhor deixar em off.
Estava dando tudo certo, mesmo com a distância. A gente realmente se gostava e a cada dia, cada semana que passava, eu o amava mais. Amaury realmente era o meu par para a vida.
No aniversário de um mês de namoro, eu fui passar o fim de semana com ele. Eu estava todo emocionado por nossas bodas de beijinho, achei que o nome combinou até, já que eu sou o docinho de leite dele. Tudo doce.
Eu cheguei na casa dele bem cedo, era por volta das 09h da manhã ainda. Peguei o primeiro ônibus que saiu para a capital para poder aproveitar o tempo com ele.
Já na casa dele, deitados no sofá, ele me cheirava e beijava meu pescoço me deixando todo molinho e do nada começou a me fazer cócegas. Eu odeio cócegas, sério, se existe uma coisa que me irrita, é isso.
Depois de pedir diversas vezes para que ele parasse sem obter sucesso, eu dei o maior gritão que o assustou. Amaury ficou estático me olhando enquanto eu tentava recuperar o fôlego com cara de bravo.
Um tempo depois ele abriu um leve sorriso, me deu um beijo rápido e disse "eu te amo, pequetito, desculpa" você fica lindo bravinho. Ele nem me levou à sério o safado.
Eu chorei, era a primeira vez que ele dizia que me amava. Sabia que ele gostava de mim, mas ouvir ele dizendo aquelas palavras foi surreal.
— Ai, para. Você me chamou de que?
— De pequetito, ué.
— Ai Amaury, eu te amo tanto, que saco!
— Que saco? Poxa, pensei que fosse bom gostar de mim. — Ele fez draminha lgbt.
Me joguei em cima dele no sofá e o ataquei com muitos beijinhos, até ele me fazer parar quando disse que tinha uma surpresa para mim. Rapidamente me sentei esperando para que ele falasse ou me desse algo.
— Meus pais vem almoçar com a gente hoje, eles querem conhecer você.
— Puta que pariu, Amaury! Desde quando você sabe disso?
— Desde quarta. — Ele me puxou para mais perto.
— E você só me conta, agora?
— Era uma surpresa meu amor.
Eu não sei porque ele fazia isso. Quem já se viu não me avisar que eu almoçaria com meus sogros, puta merda, viu! Comecei a ficar gelado de nervoso, Amaury não sabia se ria ou se ficava preocupado com a minha reação. Eu queria bater nele por fazer aquilo comigo.
🌹🤎🌹
Por volta das 13h o porteiro avisou que os pais de Amaury estavam subindo. Ele me abraçou forte e disse que eu não precisava me preocupar, que os pais deles eram gente boa e que iriam gostar de mim porque ele gostava. Queria acreditar naquelas palavras mas eu estava inseguro.
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Meu Ébano | Dimaury
FanficDiego é um rapaz caseiro, um dia vê uma foto de Amaury em seu exploar no Instagram e acaba se encantando pelo desconhecido, na verdade ele se apaixona. O rapaz transforma seu encanto em palavras para conquistá-lo, mas sempre foi ignorado, não por ma...