Capítulo 36 - O Amor da Sua Vida

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Boa noite, iludiders. Como estamos?

O capítulo de hoje possui, aproximadamente, 20 mil palavras e eu preciso, como autora, ser sincera e alertar vocês sobre algumas questões.

A Iludida é uma fic de drama, não esqueçam isso.

O capítulo contém alguns (para não dizer vários) trechos que abordam sentimentos negativos. Não se preocupem, não há assuntos extremamente sensíveis e pesados, mas... Há dor, muita dor. Confesso que algumas partes me causaram uma certa angústia enquanto eu estava escrevendo, mas bem, elas fazem parte da história.

Minha DM do twitter/blue está aberta, caso se sintam desconfortáveis de alguma maneira (estarei colocando o link comentado aqui), mas, minha sincera recomendação é que: se você for uma pessoa emocionada como eu e se está muito triste hoje por algum motivo, não leia.

No mais, lhes desejo uma boa leitura.

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POV: Mon

Quando eu era criança, uma das minhas coisas favoritas de se fazer era velejar com o meu pai e com o meu tio. Religiosamente aos domingos, assistiamos ao nascer do sol de um pequeno barco pesqueiro. Era uma das mais belas vistas da costa.

Numa dessas, o meu tio estava triste. Aparentemente a mulher que ele achou ser um amor para a vida toda não passava de um caso qualquer. Eu era muito nova para entender o significado do peso de tais palavras, então não falei muito durante a conversa que os dois adultos estavam tendo.

Mas fiquei curiosa. Talvez "intrigada" fosse o termo mais correto, não sei. Isso ficou na minha cabeça durante todo o percurso que fizemos ao redor das pequenas ilhas, me perseguindo até mesmo quando estávamos caminhando de volta à costa e entramos na caminhonete velha do Sr. Aon Armstrong.

Meu tio estava sentado na cabine traseira, apenas recebendo toda a brisa do mar, enquanto percorremos a rodovia com a caçamba repleta de peixes para o café da manhã, com meu pai dirigindo e eu ao seu lado, auxiliando durante todo o percurso.

Notando que eu estava calada demais, fui questionada por ele sobre tal silêncio. Não conseguindo conter a minha curiosidade sobre, lhe lancei o questionamento que estava me tirando dos pequenos eixos.

Talvez por achar que eu estava distraída com a paisagem ou simplesmente imersa em meus próprios pensamentos, meu pai ficou surpreso quando minha pergunta saiu de repente. Ele me olhou de soslaio, como se tentasse decifrar o que se passava na minha cabeça, enquanto o carro seguia pela costa tranquila.

Afinal, não é todos os dias que uma criança de oito anos pergunta para ele o que seria um amor da vida.

Lembro-me vividamente de como ele ajustou a postura, mas de um jeito relaxado, sem a rigidez que costumava ter. Havia algo suave no jeito como ele se ajeitou no banco, como se estivesse se preparando para uma conversa importante, mas sem pressa. É como se sua resposta fosse moldar a minha percepção sobre aquilo pelo resto da vida.

Seu semblante refletia o que ele estava pensando e o silêncio que se seguiu foi tão tranquilo quanto as ondas que vinham e iam, se desfazendo calmamente na costa. O ambiente estava em paz e, por um instante, senti que ele estava pronto para me explicar.

O "amor da sua vida" é frequentemente descrito como um encontro raro e especial que pode acontecer apenas uma vez na vida, trazendo consigo uma sensação de completude e felicidade.

A Iludida • MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora