— Eu preciso conversar com ele — falei baixo para Dean, enquanto olhava para Michael. — Entre e veja o que Sam queria me contar. Katherine está vindo para passar o Natal conosco.

— A ruiva pegadora de mulheres está morta, isso que ele queria te contar — As palavras de Michael ecoaram em minha mente. Olhei para Dean, que correu para dentro do bunker, e fui logo atrás dele.

— Charlie! — Chamei por ela, sem poder acreditar nas palavras de um demônio maldito. — Charlie! — Parei de gritar e procurar quando meu corpo colidiu com o de Sam. Olhei em seus olhos, que estavam vermelhos.

— Papai... — Hope correu até Dean chorando e pulou em seus braços. — A titia Charlie...

Balancei a cabeça em negação e me afastei de Sam, que tocava meus braços. Olhei para a porta, e Michael estava lá, me observando com um olhar indecifrável. Ele parecia ter compaixão? Duvido muito.

Dean abraçou Hope com força enquanto me olhava. Observei o bunker, vendo Charlie em cada lugar, brincando e cuidando de Hope.

— O corpo, eu preciso... — falei angustiada.

— Não consegui trazê-lo — Sam respondeu, baixo.

— Você deixou o corpo dela para trás como se não fosse nada?! — Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia.

— Papai, eu não quero ficar aqui — ouvi Hope falar com Dean. O loiro me olhou sem saber o que fazer, sem saber se me deixava ali.

— Onde você quer ir, princesinha? — Dean perguntou com a voz calma, embora eu visse que, por dentro, ele estava desmoronando. Acredito que, depois de conviver mais de cinco anos com alguém, você começa a ver por trás do muro que a pessoa criou. Dean se mantém firme para esconder seus problemas, mas de alguma forma eu o vejo. Eu o vejo e sei que a cada dia ele tenta ser mais forte. Eu o admiro tanto. Ele me machucou várias vezes, mas também me curou. Sei que nosso relacionamento não é saudável, mas o que importa é que estamos juntos, tentando aprender com nossos erros.

Não sei em que momento Dean se aproximou de mim, mas seus lábios tocaram minha testa, e Hope beijou minha bochecha.

— Vou sair com ela — avisou, e eu apenas assenti.

— Posso te levar para ver Charlie — Michael disse assim que Dean saiu.

— Eu vou também — Sam disse.

— Não carrego assassinos — Michael falou sem nenhum remorso, e sei o quanto isso deve ter abalado Sam por dentro. — Deveria rever suas companhias, Elizabeth.

— E você deveria cuidar da sua vida, Michael — cruzei os braços.

— Vamos logo antes que eu desista de fazer uma boa ação — revirou os olhos e estendeu a mão para mim.

Respirei profundamente, nada preparada para ver Charlie. Segurei na mão de Michael, e algo dentro de mim estalou. Senti um enorme choque, uma dor, uma lembrança desconhecida. Ele me olhou preocupado, mas então nos teleportou para ver Charlie.

 Ele me olhou preocupado, mas então nos teleportou para ver Charlie

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