Notas: Apenas para que fique registrado: detesto essa porra desse caralho dessa buceta desse editor de texto do Wattpad.
Espero que gostem e boa leitura!
🏡❤️🩹🌼
Ramiro tinha noção de que estava sonhando. De jeito nenhum estaria com Kelvin sentado em seu colo e beijando-o como se estivesse tentando descobrir o gosto de suas amígdalas. Não com aquele relacionamento ainda sem nome deles.
Tudo bem, já tinham dado vários beijos (e alguns até foram meio acalorados), mas definitivamente não tinham chegado naquele nível. Seguiam avançando devagar, com Ramiro respeitando o tempo de Kelvin, avançando apenas quando ele permitia. A princípio achou que ele era apenas tímido, mas conforme o tempo foi passando, notou algumas reações dele que o deixaram intrigado.
Uma vez, estavam assistindo a um filme na casa dele, à noite. Não era uma história que precisassem prestar muita atenção, então simplesmente deixaram para lá e ficaram de chamego no sofá.
Mas entre abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, como diz a canção, o desejo latente dos dois deu sinais. Sinais bem claros.
Estavam no sofá de Kelvin e a noite tinha até começado bem inocente mas tinha evoluído para beijos quentes e mãos afoitas. O aroma de baunilha de Kelvin estava deixando Ramiro louco. Queria marcar aquele pescoço branquinho, mas se conteve.
Era a primeira vez que davam um amasso daqueles e a sensação do corpo de Kelvin sobre o seu ficaria gravada em sua mente para sempre. Assim como o som da voz dele, toda ofegante, gemendo seu nome. O jeito que ele o beijava, afoito e ansioso, a língua dançando com a sua, as mãos que ora massageavam seus cabelos, ora apertavam seu peito ou seus braços.
Sentiu o membro dele endurecer junto ao seu, mesmo com as roupas entre eles e não resistiu a agarrar aquela bunda redondinha e se esfregar nele.
E parecia que estavam a caminho de um orgasmo gostoso quando Kelvin se retesou todo e se afastou de Ramiro.
Confuso, o veterinário chamou o nome dele e se inclinou um pouco em sua direção, mas Kelvin ergueu a mão, pedindo que parasse.
Após alguns minutos de um silêncio carregado, onde Kelvin respirava fundo para se acalmar, ele anunciou, em voz baixa, que estava tarde e era melhor que Ramiro fosse para casa.
Seu primeiro impulso foi protestar pois Kelvin claramente não estava bem e não queria deixá-lo sozinho, mas conseguiu se conter. Se o melhor para Kelvin era que ele se afastasse, então o faria. Mesmo que isso fosse contra todos os seus instintos, que gritavam para ele cuidar de seu ômega.
Apenas se levantou, pegou o telefone na mesinha ao lado do sofá e se dirigiu até a porta, com Kelvin seguindo-o, cabisbaixo.
O arquiteto abriu a porta para ele, mas não parecia ter coragem de encará-lo.
— Desculpe, eu…
Ramiro segurou sua mão, mas manteve-se afastado.
— Quando você quiser-
— Eu quero! Eu só… não consigo! — ele começou a chorar e praticamente exalava tristeza. Ramiro quis abraçá-lo, mantê-lo protegido, mas não sabia se Kelvin aceitaria mais de seu toque. Apertou a mão dele e a acariciou com o polegar.
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To Build a Home
Literatura FemininaApós sofrer uma grave violência cometida por um ex, Kelvin, um ômega, recebe a sugestão de se mudar de Nova Primavera. Instalado no Rio de Janeiro há alguns meses, finalmente conhece seu vizinho de apartamento: Ramiro, um alfa introvertido e de bom...