10. Epílogo

91 7 24
                                    

Japão, 05 de Setembro de 2036, às 13:12.

Baekhyun chegou rapidamente na secretaria da escola, logo vendo o filho sentadinho nos bancos em frente a sala do diretor, balançando as pernas que ainda não tocavam o chão.

— Hyun-Woo, o que aconteceu filho? — perguntou, se agachando em frente ao garotinho, que logo rodou os braços no pescoço do pai, o abraçando forte.

— Eu fiz coisa errada, papai. Vou ficar de castigo? — perguntou, seus olhos cheios de lágrimas.

— Conta pra mim o que você fez, então eu vou resolver. — sorriu, secando as lágrimas do rosto do filho de oito anos.

— Um garoto da minha sala estava falando mal da nossa família. Disse coisas muito ruins sobre você e papai, disse que eu não tinha uma família normal, que isso era nojento.

O Byun balançou a cabeça, ouvindo o filho.

— E o que você fez, filho?

— Eu acidentalmente quebrei o nariz dele. Não foi minha intenção. — fungou.

— Você quis dar um soco nele? Ou você apertou o rosto dele até machucar? — O garoto balançou a cabeça em concordância para a segunda opção. — Sabe que seu pai e eu ensinamos vocês a se defenderem, mas evite machucar alguém dessa forma, mesmo que você seja provocado. Da próxima vez conte para mim e eu vou resolver com os pais dele. Certo?

— Certo, papai. Me desculpe.

— Vou falar com o diretor. 

Deu um beijo na bochecha do filho e se direcionou a sala do diretor, dando duas batidas na porta antes de entrar e fechá-la novamente.

O Byun entrou na sala, sentando em frente ao diretor e cruzando as pernas.

— Acho que devemos esperar seu marido desta vez, senhor Byun. É a segunda vez que um de seus filhos se encontra na minha sala este mês.

— Sim, meu marido está à caminho. Ele estava com um cliente importante e não conseguimos chegar antes. Mas de toda forma você sabe, Sota, quem dá as ordens sou eu. — sorriu, sua informalidade irritando o diretor — Nos mudamos para essa cidade pequena muitos e muitos anos atrás e você já deve ter percebido que a maioria do comércio aqui é coreano agora. Não uma coisa ou outra, mas quase essa micro cidade inteira. E um dia ela inteira será minha. — sorriu novamente — Bem, não minha, mas dos meus filhos. Que são três crianças muito especiais e espero que você saiba disso. 

O garoto suspirou, ajeitando-se na cadeira.

— Você já ouviu os rumores sobre nossa família? Sobre o que fazemos?

— Não sou interessado em fofocas.

O garoto concordou com a cabeça.

— Nem que essas fofocas dizem que supostamente somos uma familia esquisita de mafiosos e assassinos? — sorriu, vendo o homem suspirar,  dando atenção aos papéis em sua mesa. — Que bom que não acredita nessas suposições, porém tenha em mente que há um motivo para que meu marido não venha às reuniões de pais e mestres. Você vai ter a honra de conhecê-lo hoje.

O diretor engoliu em seco, não entendendo onde aquela história iria chegar.

Baekhyun olhou para trás, vendo pelo vidro da sala, Jongin chegar com seu outro filho no colo, o menor entre os três, que tinha apenas quatro anos.

O homem chegando aos seus quarenta anos estava no auge de sua beleza um sorriso bonito, os cabelos um pouco longos e escuros.

— Ele chegou. — o Byun sorriu animado para o diretor.

Código Vermelho Onde histórias criam vida. Descubra agora