capitulo dezoito ~ Giovanna

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- Lembrei de uma coisa importante, a Marília me mostrou seu áudio. Do jeito que você falou, fez ela pensar que nós temos algo além de amizade. - falei com cautela.

- Ah, perdón, juro que não vai se repetir. Eu até pensei em apagar, mas acabou ficando daquele jeito mesmo. - ele disse num tom de voz triste. 

- Tudo bem, eu já desconversei o assunto. Mas respondendo sua mensagem, que eu só li agora, não precisa me dar nada. Só te mandei a foto porque achei bonitinhas as duas juntas, mas a pelúcia é minha, já resolvi com a Mia. -  falei, e sorri olhando pra ele.

- Então vai me mandar uma foto de vocês três juntas? - ele perguntou com empolgação.

- Claro que não. - respondi aos risos, e vi ele balançar a cabeça em sinal de negativo. 

Ficamos em silêncio mais alguns minutos, mas dessa vez parecíamos relaxados, e logo chegamos no meu condomínio.

Me precipitei dizendo que ele não precisava entrar, até pra ajudar disse que não estava chovendo, mas ele tentou usar o argumento do frio, e eu honestamente disse que gostava desse clima. 

Assim que ele parou o carro, soltei o cinto de segurança, e também ia tirar o moletom que me emprestou, mas ele insistiu para ficar com a roupa, e devolver depois. Até pra não iniciar uma discussão desnecessária, eu concordei.

Após alertar pra ele ter prudência no caminho de volta, o abracei, e aproveitei esse momento para me desculpar, por caso eu ter lhe dado alguma falsa esperança de que deveríamos ter ficado naquele momento, também disse que acreditava que saber minha história faria ele me compreender mais, e que ele era uma boa pessoa. 

Ainda durante o abraço, ele me agradeceu por ter compartilhado com ele algo da minha vida pessoal, e também por ter lhe feito uma companhia, que segundo ele, salvou sua noite.

Percebi que se eu não interrompesse aquele abraço, ele duraria muito tempo, então tomei essa atitude, e antes de sair do carro, dei um beijo no rosto dele. 

Já do lado de fora, olhei pela janela, e fiz um último pedido. 

- Deixa seu cachorro entrar em casa, ele vai ficar doente se ficar lá fora nesse frio. - falei tentando fazer uma cara que o comova. 

- O que é isso? Como vocês falam aqui, um complô? Vou pensar no caso dele. - ele disse com um sorriso no canto do rosto.  

Sorri também, acenei pra ele, e entrei no meu condomínio. 

Cumprimentei rapidamente o senhor Luiz, e iniciei a caminhada até minha casa.

Sem perceber, o perfume do moletom do Jonathan invadiu o meu nariz, e foi inevitável não lembrar do que quase aconteceu na casa dele. 

Dessa vez não sentia a mesma culpa que senti das outras vezes. 

Até porque a situação com a Bia foi um mal entendido, e já foi esclarecido. 

Por um rápido momento lembrei da Thayna, e de todo o interesse que ela está nutrindo por ele. Mas não sei, não consigo visualizar um futuro ali. Não por ela, mas porque ele não está preparado para um novo relacionamento, e é isso que é minha amiga vai querer. 

Depois recordei daquele meu achismo do interesse dele ser por causa de alguma aposta, e honestamente, cada vez mais parece ser uma grande paranoia minha.  

Talvez se ele não parecesse ser alguém bem bacana, eu poderia de certa forma o usar para quebrar de vez esse meu bloqueio com caras de sua profissão. Até porque eu seria usada também. 

E em comum nós temos isso, não estamos procurando uma relação séria.

Já interagi com outros jogadores que provavelmente não são os piores homens do mundo, mas a diferença é que eles não insistiram mais que uma noite.

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⏰ Última atualização: Nov 09 ⏰

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