﹙𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝒕𝒓𝒆̂𝒔﹚⠀ ⠀⠀ ⠀ainda é bom ver você.

Começar do início
                                    

Celine se aproximou, o cenho franzido, passos hesitantes até ela parar na minha frente. 

── Eu te conheço? ── Celine gesticulou.

── Talvez. ── Eu a examinei, encarando seus olhos castanhos. 

A ruiva cruzou os braços, o vento agitando o cabelo de Celine. Sorrio quando ele cobre seu rosto e ela bufa. 

── Vamos, mariposa. ── Eu dei um tapinha em seu ombro. ── Entre no carro. 

Eu dei a volta na caminhonete achando que Celine estava atrás de mim, mas não estava. Voltei para encará-la, os braços ainda cruzados e o semblante de dúvida. 

── Não vou entrar no carro de um estranho. 

Eu bufei, eu teria que ser paciente, ela não se lembra. Me aproximei de Celine, puxando seu braço e a levando até o carro. 

Puxei Celine até o banco do passageiro e fechei a porta, dei a volta na caminhonete entrando no banco do motorista e dando partida no carro.

Seja bem vinda de volta, Line.
Não faz ideia de como senti saudades.

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ㅤㅤㅤㅤㅤO CAMINHO ATÉ THUNDER BAY foi fodidamente silencioso, Celine não falava e sempre foi difícil me comunicar com ela enquanto eu dirigia. Mas ela sempre dava um jeito de mostrar que estava no carro. 

O que não aconteceu.

Sem batuque na janela, sem botas batendo no chão, sem uma mísera música no rádio. 

── Está com fome? ── Eu me virei para olhar Celine que continua do mesmo jeito que minutos atrás, encostada na janela olhando a rua. 

A ruiva se virou para me olhar, seus olhos cansados me olhando de cima a baixo até que ela concordou com a cabeça. 

── Hambúrguer ainda é sua comida favorita? ── Sorrio vendo Line franzir o cenho e concordar com a cabeça. ── Ótimo. 

Dirigi até Thunder Bay, Toronto não era tão longe da cidade, mas eu só iria para Meridian com Celine amanhã.

Passamos no Sticks, Line se endireitou no banco afastando-se da janela. Parei o carro mais afastado do lugar, ninguém veria Celine.

── Eu já volto, ruiva. ── Murmurei saindo do carro. 

Entrei no Sticks com a música alta quase estourando meus tímpanos, o cheiro de pizza de mussarela enche minhas narinas e quase me esqueço do hambúrguer de Celine. 

Acabei encontrando alguns caras da época do ensino médio, grupos de garotos adolescentes que eram o novo time de basquete da escola, e garotas da época da escola.

Voltei pro carro com dois hambúrgueres, Line estava soltando uma nuvem de fumaça encostada no banco.

Maldita fumante.
É bom ver que algumas coisas não mudaram. 

Um sorriso curvou meus lábios enquanto a ruiva tirava o cigarro da boca para me olhar, dando outra tragada ela prende o cinto envolta de seu corpo. 

Abri a janela do carro, deixando a nuvem de fumaça de Celine ser levada com o vento que bagunça seus fios laranja.

A ruiva jogou a bituca de cigarro pela janela, abrindo a embalagem do hambúrguer e dando uma mordida. 

Um sorriso se alargou vendo Celine comer, ela mastiga o hambúrguer olhando para mim e tirando fios de cabelo da frente do seu rosto.

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