~ Capítulo 13 ~

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A névoa densa e espessa estava aumentando, tornando o ambiente ainda mais sinistro, enquanto o frio cortante parecia envolver o grupo. SN, com sua percepção aguçada, avistou algo estranho no chão: sangue. Não era apenas um vestígio pequeno, mas uma trilha, como se alguém tivesse sido arrastado por ali.

Ela se agachou para examinar melhor o sangue, sentindo um calafrio percorrer sua espinha. O cheiro metálico era inconfundível e, ao olhar em volta, percebeu que a névoa estava mais espessa, como se algo ou alguém estivesse ali, espreitando.

- Isso não é bom... Esse sangue não é recente.
- SN murmurou, olhando ao redor com uma expressão tensa. Ela levantou rapidamente, gesticulando para os outros ficarem alertas.
- Precisamos ficar juntos e continuar, mas com muito mais cautela.

Rindou, que estava com a expressão de sempre, se aproximou de SN e olhou para o sangue, visivelmente mais sério.

- Acho que alguém não teve sorte aqui...
- Ele comentou com uma leve risada, mas SN não estava com cabeça para piadas.

Sanzu, que até aquele momento estava mais calado do que o normal, também observou o caminho ensanguentado. Seu olhar era atento e desconfiado.

- Algo não está certo. A névoa tá mais densa... Pode ser uma armadilha.
- Ele disse, franzindo a testa, já começando a sentir que algo de muito ruim estava prestes a acontecer.

SN olhou de volta para a trilha de sangue e para a direção onde a névoa parecia ficar ainda mais espessa. Ela sabia que a mansão não estava longe, mas o sangue e a crescente sensação de que não estavam sozinhos ali a deixavam desconfortável.

- Sigam-me e fiquem em alerta. Se essa merda for uma armadilha, eu quero que estejamos prontos para reagir.

Eles continuaram avançando, agora com ainda mais cautela, sabendo que a névoa e o sangue indicavam que algo terrível estava prestes a acontecer.

A névoa estava ficando cada vez mais densa e, sem perceber, SN tropeçou em um tronco de árvore, perdendo o equilíbrio e caindo ladeira abaixo. O som de galhos quebrando e folhas sendo pisoteadas era abafado pela névoa, mas o impacto de seu corpo contra o chão ecoou no ar. Ela estava caída, arranhada e com os cabelos bagunçados, sua expressão tensa e os olhos semicerrados por conta da dor.

Ran foi o primeiro a reagir, correndo até ela, seguido de perto por Sanzu e Rindou, que também estavam prontos para agir. A névoa tornava tudo ainda mais difícil de ver, e a sensação de que algo estava os observando se intensificava a cada segundo.

- Merda, SN! - Ran se agachou ao lado dela, visivelmente preocupado, mas com seu tom despreocupado. Ele tentou levantar seu rosto com a mão. - Você está bem? Não pode fazer isso sozinha, sabia?

Rindou, que estava mais calado, observou a situação. Ele não parecia muito preocupado com o fato de SN estar ferida, mas sabia que o grupo não poderia seguir sem ela. Olhou para Sanzu, que ainda estava tentando entender o que fazer.

- Acho que alguém vai ter que carregá-la, hein.
- Rindou comentou, a voz tranquila, mas com um toque de sarcasmo.

Sanzu, com um suspiro de impaciência, se aproximou e olhou para SN, que ainda estava se recuperando do tombo. A dor parecia não ser suficiente para derrubá-la completamente, mas ele sabia que precisavam avançar logo.

- Não tem escolha, vamos. Eu a carrego.
- Sanzu finalmente disse, com um tom autoritário, embora com uma pitada de preocupação que ele não costumava demonstrar.

Ran deu de ombros, fingindo não se importar, mas ao ver a expressão séria de Sanzu, não comentou mais nada. Eles estavam em um terreno perigoso, e não podiam perder tempo discutindo. Sanzu cuidadosamente levantou SN, colocando-a nas costas dele, enquanto ela gemia de leve devido aos arranhões.

- Vamos logo, se essa névoa não sumir logo, vai ser uma noite bem interessante.
- Sanzu disse, começando a caminhar em direção ao local da mansão, com SN segurando-se ao redor de seu pescoço.

A névoa ainda estava espessa, e cada passo que davam parecia mais tenso. SN estava visivelmente irritada por ter caído, mas também sabia que a missão não poderia ser abandonada ali. Ela murmurou algo baixinho para Sanzu enquanto ele a carregava, sem querer admitir que sua confiança nela mesma tinha sido abalada um pouco.

- Você não vai me deixar morrer, né, Drogado?
- SN disse com um tom desafiador, mas ao mesmo tempo, havia algo de vulnerável em suas palavras.

Sanzu, que estava caminhando com SN nas costas, não parecia se importar muito com o que ela dizia. Porém, quando ela apontou para os arames, ele parou imediatamente, seus olhos se fixando nos fios de metal afiados e prontos para causar danos.

- Cuidado, não tá vendo os arames?
- SN disse, com um tom firme, tentando avisar antes que Sanzu passasse por eles sem perceber.

Ele franziu a testa, olhando atentamente para os fios que estavam bem camuflados entre as árvores, quase invisíveis na espessa névoa que os cercava. Os arames pareciam ser parte de uma armadilha, e qualquer erro poderia ser fatal.

- Eu tô super bem, não precisa me carregar.
- SN reclamou, tentando se recompor. Ela estava começando a ficar irritada por depender de Sanzu para ser carregada, mas a verdade era que ainda estava um pouco tonta pela queda.

Sanzu, ignorando a reclamação, cuidadosamente desviou dos arames, fazendo um pequeno movimento para a direita, com a intenção de manter SN segura. Ele parecia estar mais atento do que nunca.

- Você vai continuar reclamando, ou vai me ajudar a não fazer merda aqui?
- Sanzu falou, com um sorriso ligeiramente irônico, mas os olhos sérios. Ele sabia que a névoa e as armadilhas poderiam ser perigosas, e não queria arriscar nada enquanto SN estava vulnerável.

Rindou, que ainda estava atrás, observava a cena sem muito interesse, mas ainda atento ao ambiente ao redor. A tensão na floresta aumentava, e ele podia sentir que algo estava prestes a acontecer.

- Melhor prestar atenção, vai que essa névoa esconde mais do que armadilha, hein?
- Rindou disse de forma sarcástica, tentando aliviar um pouco a situação, mas seu olhar ainda estava alerta.

SN resmungou, mas sua expressão era uma mistura de cansaço e frustração. Mesmo sendo uma mulher forte e independente, ela sabia que o ambiente em que estavam era traiçoeiro, e ela não tinha escolha a não ser confiar em Sanzu por agora.

Continua...

Votos de Sangue: A Noiva EsquecidaOnde histórias criam vida. Descubra agora