As Férias de Verão: A vingança

V

- EU POSSO VIRAR UMA PIRATA- disse ela mais alto que o normal.

Nessa hora uma enfermeira entrou e disse que eles estavam liberados. Quando saímos do quarto, Arabella parou bruscamente, que Travel quase faz eu e ele cair no chão.

- O que ele está fazendo aqui ? - disse ela, olhando para uma pessoa. Travel me ajudou a levantar, olhei para a mesma direção que ela. Ela olhava para o Jackson.

- Ele me ajudou com vocês dois, ele também nos ajudou com aqueles caras do beco- disse

- Nossa Bella, esse não é o melhor jeito de me agradecer. Sou seu anjinho da guarda - Jackson se levantou, andou em direção da Bella e continuou - Que tal um beijo ? como nós velhos tempo ? 

- ARABELLA ! - disse. 

Bella deu um tapa em Jackson, que começou a rir. 

-Pelo visto, não vai agradecer - ele estava com a mão no bochecha, que já estava começando a ficar vermelha. 

- Obrigada - disse 

- Ok, vou embora - ele pegou a chave do seu carro e se foi.

- Por que você bateu nele ? - perguntei - Ele nos ajudou, carregou Travel e você até o carro e ainda pagou o atendimento de vocês dois. - falei

- Eu não quero nada que venha dele - disse ela, com lágrimas se formando nos seus olhos.

- Ele me carregou ? - perguntou Travel, seu roso ficou tão vermelho, que pensei que ia explodir.

- Travel não é a hora da sua paixonite pelo Jackson - ela começou a caminhar para fora do hospital. - Bom, vou ligar para meu pai vim me pegar. Querem carona ? - eu e Travel concordamos com a cabeça.

Priscila deve estar morrendo de preocupação, pior que nem sei o número dela, peguei meu celular. Na tela já marcava meia-noite. Essa noite foi tão longa, tão exaustiva, tudo que quero agora é sair daqui e dormir. Uma hora depois o pai da Bella chegou.

- O que houve Arabella ? Isso é um curativo ? - ele estava olhando para a testa de sua filha - Em casa você vai ter muito o que explicar mocinha.

- Pai, o Travel vai dormir hoje lá em casa - disse ela, sentando no banco da frente e colocando o cinto- Úr, vai querer dormir lá também ? 

- Não, obrigada, quero só ir pra casa mesmo. - disse. Não queria ficar mais perto de ninguém, só queria ficar sozinha. - Priscila deve estar preocupada. - aina bem que tinha essa desculpa. 

- Onde você mora Úr ? - perguntou o pai de Arabella 

- Ela mora na casa do Dewes - disse Bella - Ela é a menina que sobreviveu aquele massacre. 

- Há, então é você quem minha filha não para de falar ? - disse ele - Como você disse Ara ? Que a sobrevivente era tão linda ? 

- PAI, CALA A BOCA - disse Bella

- Verdade Úr, ela falava que você era linda e pah - disse Travel 

Bella virou a cabeça para ele e disse " Traidor" e ele falou alguma coisa que não conseguir ouvir. Depois do que pareceu uma eternidade, eu me vi na porta da frente da casa dos Dewis. Antes de entrar, Bella falou:

- Venho ti pegar amanhã as 21h 

- Pra quê ? - eu fiquei confusa, não sabia o que ela ainda queria comigo.

- Sabe aquela festa ? Então é meu aniversário e você tá convidada - disse ela - Então tudo resolvido, venho ti pegar. Bye

Entrei e tudo que sentir foi um cheiro conhecido, um cheiro de perfume. Era o perfume de Maya.  Andei até a sala de estar, sentada no sofá estava Priscila, 

- Oi - disse meio sem graça

- Até que fim, já estava pensando ligar para a policia - ela se levantou e pegou na minha mão - Está tudo bem ? 

Balancei a cabeça concordando 

- Onde vou dormir ? 

- No final do corredor, boa noite - disse ela me beijando na testa

Fui andando até meu novo quarto, até que parei na segunda porta,  a esquerda. Abrir. Estava intacto, tudo dela roupas, cheiro, a coleção de óculos hipster, mesmo ela tendo a visão perfeita. Sentei na cama e peguei uma almofada, as lágrimas agora vinham facilmente. Eu ainda não tinha superada tudo isso, ainda tenho sonhos com os acontecimentos daquela noite. Me deitei, queria ficar ali, um pouco mais perto dela, do meu amor. 

Acordei com o um grito vindo do quarto ao lado, fui correndo. Quando cheguei vi pessoas com capas pretas e capuz cobrindo suas caras. Eram eles, eram os captadores e eles estavam mirando uma arma para a cabeça de Priscila.

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