A Borboleta

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Estava a descer a rua da padaria onde customo ir comprar o pão aos fins de semana. Era uma manhã fresca da sábado mas com sol, a brisa fresca batia no meu rosto, estava com o nariz um pouco gelado, o meu cabelo cacheado azulado (na raiz azul clara e vai ficando mais escuro até às pontas) como estava solto aquecia um pouco o meu pescoço.

Não estava quase ninguém na rua, e como estar na rua silenciosa sozinha me faz ficar paranóica, coloquei os fones que estavam no bolso de trás das calças de canga clara pela batata da perna e comecei a andar ao ritmo de kelly clarkson - heartbeat song.
Esta música traz-me recordações não muito boas e, normalmente, quando a ouço encontro sempre alguém indesejado. Mas a voz é tão bonita e o ritmo tão contagiante que me deixei levar.

Comecei a cantar baixo enquanto brincava com as bordas das mangas do casaco de ganga que estou a usar e que está por cima de um top preto a dizer " KISS Me!! " em letras brancas.

Comecei a observar melhor o que me rodeava, e fixei o meu olhar numa borboleta branca, com uma pinta preta em cada asa, que por ali passava.

Tão bonita, tão pura, tão majestosa, graciosa... Uma das coisas mais belas que já observei.. Fascinante, estou completamente apaixonada.
Como uma coisa tão pequena e frágil pode ser tão bela?
Tão... Tão... Não há palavras para descrever a beleza dela.

Ela passou rente a mim e foi em direção ao cimo de uma das árvores que tem no decorrer da rua.

Perdia de vista entre as várias folhas verdes da árvore, fiquei triste, desiludida diria... Queria ver mais... Queria continuar a observar a sua beleza...

Mas esse sentimento de perda diminuiu um pouco quando eu prestei verdadeiramente atenção na árvore... Tão linda, a contraste do tronco, a sua cor... os raios do sol a bater nas folhas verdes q abanavam de forma graciosa com a brisa... Uma visão linda, digna de uma foto ou até de um quadro.

Tão destraida estava com os meus pensamentos que acabei por chocar com uma das poucas pessoas que por ali passavam, deixando a saca do pão - que por sorte não abriu - cair.

XX: Peço desculpa, não foi minha intenção. - falou me uma voz femenina que me era familiar

Eu: Não faz mal, a culpa é minha.

Quando levanto a cabeça para ver o rosto da pessoa com quem choquei me supreendo ao ver aquele rosto outra vez... Pensei que não voltaria a vê la...

- olá filha.







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Aconteceu... [ PAUSADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora