Capítulo 17 - Maria

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Sento-me na cadeira da mesa que tem na cozinha e fico olhando para o mar através das janelas de vidro que vão do chão ao teto.

- O que aconteceu ontem, Duda? – Bato as mãos na mesa para tentar lembrar de alguma coisa.

Minha cabeça está latejando, realmente não deveria ter bebido tanto. Levanto-me da mesa e abro a porta da geladeira pegando uma jarra com suco pronto e dois ovos. Pego a frigideira ligando o fogo e coloco um pouco de óleo e espero esquentar para colocar os ovos na frigideira, e não posso esquecer-me do sal que acho dentro do armário. Coloco um pouco de suco de laranja no copo e tomo devagar, não sei se na casa tem alguma maleta com remédios, mais irei ter que esperar Oliver acordar.

Volto para o fogão e viro o ovo deixando ele torradinho antes de coloca-lo no prato e me sentar novamente na cadeira para almoçar antes da hora. Assim que estou com a metade do ovo no prato escuto barulho vindo do segundo andar e logo Oliver aparece descendo as escadas com um short cinza, pelo menos ele está vestido.

- Não está muito cedo para comer ovo não? – Oliver sorri e sorri junto, talvez, sei que as pessoas tem costume de comer só no almoço e janta, mas não tem muita variedade de alimentos para o café da manhã, então vai isso mesmo.

- Estou com fome. – Coloquei um pedaço de ovo na boca e me senti uma grande Chef de cozinha.

- Acordou cedo hoje, não parou de pensar em ontem, né? – Oliver abriu a porta da geladeira e fiquei encarando-o.

- Ontem foi um dia agitado, mais consegui dormir bem.

- Não acredito que até agora ninguém desconfiou do nosso casamento, e também não acredito que seu pai ainda não tenha vindo atrás de você para resgatá-la.

- Para de implicar com o meu pai, ele só é bastante preocupada com a sua única filha.

- Também sou filho único e meus pais não fazem um terço do que seu pai faz sozinho, ele é muito ciumento.

- Ele é protetor, se preocupa comigo, vivemos em uma realidade que os pais sempre vão ser mais preocupados e protetores com as filhas mulheres, e os filhos homens dão mais liberdade do que outra coisa. – Respirei fundo enquanto ele se sentava na minha frente no balcão. – Oliver, na casa tem algum remédio para dor de cabeça?

- Se não me engano tem uma caixinha branca na estante da sala onde ficam os remédios, vou buscar para você. – Concordo com a cabeça enquanto terminava o meu café da manhã improvisado.

Oliver voltou para a mesa segurando um copo de água e um comprimido branco na outra mão, pego o comprimido sem reclamar e tomo com um pouco de água gelada.

- Não me deixe mais beber tanto que nem ontem, pode ser?

- Quando percebi que estava quase passando dos limites fui te socorrer no bar. Não vou mais deixá-la beber tanto assim, talvez só um pouquinho, tenho certeza que foi por causa da bebida que você se soltou ontem.

- Me soltei em que sentido? – Levantei-me da cadeira e fiquei pensando. Ele se refere a minha soltura na hora da dança?

Pego a minha louça  e coloco dentro da pia, lavando cada peça com calma. Oliver ficou quieto de repente, então fecho a torneira e olho para trás. Ele estava me olhando de uma maneira diferente e estava andando rapidamente na minha direção.

- Do que você se lembra? Falo de ontem.

- Você está me assustando.

- Somente responde, Maria, do que você se lembra? – Franzo a testa e lhe dou total atenção.

De Repente Casados #2 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora