Ucker: Sério? - Alfonso assentiu lamentando - É uma pena, mas você sabe que a Annie aguentou até demais, Dulce no lugar dela ... - ergueu as sobrancelhas e Alfonso assentiu. Ele sabia que qualquer mulher no lugar de Anahí já teria feito essa guerra a muito tempo.

Alfonso: Eu a entendo, o problema é que afastar as meninas da família, não é... fácil para dizer o mínimo, o fato de Anahí não querer que elas estejam perto da minha mãe acaba afastando elas das minhas irmãs também, mas .... eu terei que aprender a ligar com as duas, tentar uma aproximação quando os lados estiverem mais calmos. - Ucker assentiu.

Ucker: Então até segunda, talvez Dulce queira passar na sua casa no domingo, falamos disso, mas ela liga se isso se confirmar - Alfonso assentiu e os amigos acenaram, cada um seguindo seu caminho.

Alfonso foi pensativo para casa, sua situação era complicada, estava literalmente no meio das duas. Após sair do estacionamento se deu conta que não havia se quer ligado para a irmã avisando que estaria ausente, agora já era tarde, apareceria na manhã seguinte apenas para deixar os presentes a sobrinha.

Quando chegou em casa o lugar estava em total escuridão, apenas a luz da televisão abandonada e uma Anahí de pijamas dormindo no sofá. Sorriu, sabia que aquilo era uma tentativa de espera-lo. O tempo havia mudado e chovia fraco do lado de fora, um frio intenso entrava pela janela ainda aberta. Alfonso a fechou e foi em direção a esposa que só pela forma que estava encolhida sentia a mudança de tempo. No momento em que a tocou sentiu o quão gelada estava.

Alfonso: Amor - chamou baixinho e ela apenas se mexeu, se encolhendo ainda mais - Annie - sussurrou no ouvido e a viu abrir os olhos bem devagar, sorriu, sempre linda. - Esta muito frio amor, vamos para cama? - chamou tirando os cachos que caiam sobre o rosto dela.

Anahí: Está mesmo, vem cá, me abraça - pediu manhosa e Alfonso não resistiu, tratou de se aconchegar naquele sofá estreito deixando Anahí se ajeitar entre ele e o encosto do sofá, mas tremia.

Alfonso: Nossa cama vai estar mais quente amor - selou os lábios dela - Por que não foi se deitar? - questionou passando a mão no braço dela, uma tentativa de passar um pouco de calor.

Anahí: Não gosto de ficar lá sem você - respondeu o abraçando. Alfonso sorriu.

Alfonso: Vamos que eu já estou em casa - a beijou na testa.

Anahí: Agora esta bom aqui - fechou os olhos querendo voltar a dormir. Alfonso voltou a rir, a pegou no colo desligando a televisão na sequencia e a levou para o quarto, onde a colocou na cama e rapidamente se despiu se deitando com ela.

Alfonso: Acho que aqui está melhor - se ajeitou a levando para seu peito.

Anahí: Hum rum - ele não a viu abrir os olhos novamente, estava exausta, mesmo exausta queria o esperar, agora que ele estava em casa o queria daquela maneira apenas para dormir como sempre, agarradinhos.

Era nesses momentos que Alfonso sabia, não conseguiria viver sem ela, não era como da vez que a raiva falava mais alto, não havia motivos para rancor, tudo, absolutamente tudo nela o agradava. A beijou a testa, os braços ao redor daquele corpo que ele tanto desejava, o cheiro o deixava relaxado e foi desse modo que também cansado pegou no sono.

A manhã de sábado estava chuvosa, os planos de acordar cedo para curtir o dia se limitou a permanecer um pouco mais embaixo das cobertas.

Arthur: Mamãe - estava ao lado da cama, mas não conseguia ver nada além dos cabelos da mãe - Mamãe, meu leite - pediu choroso.

Alfonso: O que foi filho? - questionou percebendo que Anahí ainda dormia tranquila.

Arthur: Meu leite - pediu fazendo bico. Alfonso se mexeu tentando se levantar, mas Anahí o impedia, estava agarrada a ele.

Queria Muito Te Odiar - Livro 03Onde histórias criam vida. Descubra agora