- Soube que não conseguiram recuperar suas coisas. - minha voz tinha um tom frio. Tom poderia interpretar de forma errada, mas ele não deu à mínima. - Sinto muito.
- Não havia nada de importante aqui. - deu de ombros. -Espero que o novo quarto seja definitivo. Não sei se quero voltar para esse. - houve um grande silêncio entre nós antes que Tom voltasse a falar. - Você está no apartamento do Collins?
- As pessoas costumam ser um pé no saco às vezes. Apenas optei por não lidar com isso.
- Entendi. - ele coloca uma de suas mãos em meu ombro direito. - Não dê importância para essa merda toda. Vamos superar isso.
Sorri para o meu colega de quarto e observei enquanto ele desaparecia pelas escadas de emergência, que quase ninguém usava.
O Mustang preto de Bryan estava estacionado em frente ao dormitório no campus, com as janelas fechadas e o aquecedor do carro ligado. Hora ou outra passava uma pessoa pelas portas de entrada, continuando suas vidas normais, com problemas normais e que, provavelmente, terminariam da mesma maneira como começou. Abri a porta, sendo abraçado pelo calor do interior do carro. Ao meu lado, meu namorado contava os lucros de mais uma noite de racha, abaixo de seu olho esquerdo havia um pequeno corte causado pelo punho de um babaca qualquer que não aceitou bem a derrota. Foi uma confusão daquelas. Porém, não houve grandes problemas.
Enquanto Bryan descobria que teria a grana para pagar suas contas e aluguel pelos próximos meses, me preocupava com como iria me manter na universidade, sem um emprego. O único dinheiro que eu tinha estava acabando e, depois de meses, eu não consegui nenhuma das vagas de emprego que tentei.
- Ainda terei onde morar por mais alguns três meses. - Bryan suspirou e estendeu a mão para tocar a minha. - Droga. Péssima hora para comentar isso?
- Pior momento não existe. - respondi, me esforçando para colocar meu melhor sorriso no rosto.
- Soube que a loja do pai de Kevin está precisando de alguém em meio período. - ele desenhava círculos na palma de minha mão. - Podemos conversar com ele.
- Sim, podemos. - pulei o câmbio do carro, sentando no colo de Bryan. A marca em sua calça demonstrava sua animação. O beijei, sugando o sabor refrescante de menta de sua boca. - Você quer ir para casa, Sr. Collins? - perguntei, sem tirar meus lábios dos seus.
Sua risada ficou abafada pelo nosso beijo.
- Se as coisas continuarem esquentando assim, não vamos conseguir chegar em casa. - a intensidade de seu olhar refletia o calor que se espalhava entre nós.
- As coisas já estão quentes, Bryan. - deslizei minhas mãos por dentro de sua camiseta. Tive a sensação de estar tocando em brasas.
- Quando você estiver pronto, eu estarei pronto. - repetiu o que vinha me dizendo a algumas semanas. - Não se sinta obrigado a nada por mim. Entendidos?
- Sou o pior namorado do mundo. - resmunguei e voltei para o banco do carona.
- Jesus, Gracinha. Vai acontecer, mas não é o melhor momento para isso. É?
Neguei com a cabeça.
∞
Várias malas ocupavam espaço na sala do apartamento. Bryan beijava meu pescoço enquanto eu tentava preparar alguns bifes para o jantar. Liam voltou do corredor, enrolado na toalha, com o corpo ainda úmido. Afastei o Bryan, que tentava deslizar suas mãos por dentro da minha camiseta.
- Acho que devíamos ir ao Burn essa noite. - disse Liam, ignorando nossas brincadeiras.
- Mas vocês não viajam pela manhã? - perguntei, bebericando minha cerveja.
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No Limite
RomanceMatthew Carter quer recomeçar sua vida depois de vê-la desmoronar por completo. Tímido, Matt faz de tudo para passar despercebido pelas pessoas. Mas Bryan Collins está no seu caminho. O badboy, com abdômen definido, tatuagens e um ótimo poder de sed...
Capítulo 14
Começar do início