O princípio

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Essa é a história de como eu morri, de como eu tentei mudar o país e acabei fracassando, essa é a história dos dias escuros e como tudo aconteceu.
  
DISTRITO 13 A 7 MESES ATRAS

Da janela de minha casa olhava as flores cair do topo das árvores, era outono, uma das minhas estações favoritas no qual eu podia ficar com a minha filha Arwen e meu amado marido Gregory, em volta da lareira conversando com um belo chocolate quente, mas desde que subi a prefeitura do Distrito 13 a preocupação com o rumo que a população está se encaminhando vem me fazendo trabalhar várias horas por dia. Fome, carga horária excessiva, as doenças e a miséria que se abate pelos distrito mais pobres como o 12 e uma parte do 13 me fazia pensar o porque a capital faz as pessoas trabalharem tanto para sustentar o luxo deles? Somos forçados a fazer bombas, armas, treinar pilotos para a capital tirar tudo de nós, isso é injusto e se eu pudesse mudaria tudo, mas uma rebelião contra a capital iria ser difícil, mesmo sendo um distrito forte no requisitos arma nuclear, com um forte poder de destruição a capital formaria um jeito de acabar com a gente, pois certa de 70% de tudo que construímos vai para la.
       — Senhora Ayana Moore, não esta na hora de ir para o trabalho?
        Assim que escuto uma voz sussurrar em meu ouvido ao mesmo tempo que sinto uma mão passar pela minha cintura, viro minha cabeça até ter a visão de Gregory nu beijando meu ombro, ontem tivemos uma noite incrível e o resultado disso é sua voz rouca e nossa cama totalmente bagunça.
     — Eu entro meio dia hoje — dou uma pausa voltando a olhar pela janela. — Depois de pegar a Arwen na casa da coleguinha dela eu irei trabalhar, agora vamos tomar café pois estou cheia de fome, vai se vestir, te espero la em baixo.
    Dou um sorriso a ele e arrumo meu robe. Desço a cozinha e começo a preparar um café da manha para nós, quando esta tudo pronto e na mesa, me sento esperando ele que minutos depois desce a escada só de cueca e se senta  a mesa.
     — Amo quando fica assim, só de cueca, me lembra de quando éramos recém-casados.
     — Também me lembro, não mudou muita coisa, só acrescentamos uma bonequinha.
     — E agora eu trabalho por mais tempo, vendo metade do país passar fome para sustentar a capital. Alguém deveria fazer alguma coisa.
     — Esta falando de uma rebelião Ayana? Você sabe que isso não da certo, a capital é impenetrável muitos iriam morrer com isso.
     — Eu sei Gregory, mas as pessoas estão morrendo e a capital não faz absolutamente nada para mudar isso, acabando com a capital mudaria tudo.
    —  Ayana eu não quero que se machuque, então é melhor acabar com essa ideia maluca, é impossível acabar com a capital e você sabe disso! Agora eu irei pegar a Arwen na casa da amiga dela e depois arrumo a casa.
     — Tudo bem Greg, eu vou me arrumar, nos vemos mais tarde.
    Solto um suspiro me levantando e caminhando em direção ao quarto.
     — Ei, eu te amo muito viu! — diz Gregory arrumando a mesa.
     — Eu também lhe amo Greg.
     Subo as escadas até chegar em meu quarto, vou ao closet e pego a roupa para ir trabalhar. Entro no banheiro e tomo um banho rápido, após terminar de me arrumar desço as escadas e caminho até o edifício da justiça onde trabalho, logo que chego sou avisada que  tinha alguém na minha sala a minha espera, o que me  faz estranhar um pouco então vou rapidamente até a mesma e  abro a porta arregalando os olhos com uma expressão de surpresa.
     — Presidente Friedrich, que... — respiro fundo — supresa ter o senhor por aqui.
     — Senhora Moore, sente-se por favor, precisamos ter uma séria conversar.
     — Claro que sim senhor — digo me sentando e o olho — Aconteceu algo!?
      — Precisamos que aumente a cota de armas de fogo, estamos contratando mais pacificadores e temos que ter armas mais potente.
      — Aumentar as cotas senhor? Isso é impossível, as pessoas ja trabalham demais, se continuar assim vão morrer de fadiga.
      — Coloque os jovens para ajudar, você é a prefeitura essa é a sua responsabilidade, quero 30% de armas a mais no próximo carregamento.
     — Mas senhor..
     — Senhorita Moore,  você é uma ruiva muito esperta, sei que vai conseguir.
     Quando iria falar sou interrompida por uma garoto de no máximo 2 anos entrar na sala e ir até o presidente.
     — Papai vamus?! — ele diz com uma certa ansiedade na voz.
     — Ja vamos meu filho, senhorita Moore esse é meu filho Coriolanus Snow. — o mesmo em poucos minutos estava no colo do pai. — bem eu estou de saida, e lembre-se 30% ou haverá uma grande punição.
      Assim que ele sai abaixo a cabeça na mesa tentando fazer minhas lagrimas não rolarem pelo meu rosto. Minha secretária entra na sala e me pergunta o que aconteceu, apenas passo o recado que o presidente me passou.
     — Aumenta a carga horária, quero 30% a mais de armas no próximo carregamento, pede para as aulas dos adolescentes serem canceladas, pois eles tem tem que trabalhar nas fábricas.
      — Mas senhora
   Interrompo ela.
      —Agora Amélia! Faço isso ou vai ser bem pior.
    Assim que as portas se fecham me sento em meu lugar e começo a fórmula ideias de como acabar com esse governo tirano, Friedrich iria pagar por tudo que fez e não iria descansar até que Panem seja livre da capital.
      Ja era pouco mais de 6 horas da tarde quando termino meu expediente no edifício da justiça, então pego minhas coisas e vou para casa caminhando  de cabeça baixa pensando em como iria libertar o país disso, e se os outros distritos iriam se unir a isso? Friedrich era um monstro e como todo monstro deve morrer era isso que eu iria fazer, nem que para isso eu morra. Agora seria um novo começo, uma revolução iria começar.

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⏰ Last updated: Nov 27, 2016 ⏰

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