La Joya

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Nenhuma situação (cena) descrita e/ou personalidades encontradas nos personagens desse conto, refletem a realidade, pois está é uma obra de ficção. E por se tratar de uma fanfiction, não tem qualquer relação com a imagem real, personalidade e/ou atitudes do jogador descrito no conto.


LA JOYA

JOIA:

substantivo feminino

1. objeto de material precioso finamente trabalhado, usado como adorno.

2. pessoa ou coisa muito boa e querida

Origem

ETIM fr.ant. joie, fr. joyau 'coisa rara e bela, de grande valor'

Sabe aquele momento da sua vida em que você olha para trás e vê que chegou muito mais além do que imaginava ou desejava quando assoprava as velas de aniversário durante sua infância? Pois é, eu estou nesse momento exatamente agora. Talvez eu esteja mais nostálgico do que gostaria, mas minha mãe diz que eu sempre fico assim após as festas de final de ano; isso acontece desde que meu pai faleceu quando eu tinha 15, e foi aí, nesse momento, que tudo começou a mudar em minha vida e consequentemente na vida da minha família. Um dos maiores sonhos do meu pai era ver um de seus filhos se tornar um jogador de futebol conhecido; meu irmão mais velho não deu muito certo nesse quesito, mas meu pai nunca perdeu as esperanças de ter um filho jogador e via potencial em mim, o caçula da família Dybala, e hoje só tenho a agradecer por todo o incentivo que ele me deu. Claro que nem tudo foi fácil, na verdade as coisas foram bem difíceis pra mim, não nasci em berço de ouro e tinha que me esforçar pra conseguir seguir jogando futebol em um instituto próximo de onde eu morava na cidade de Córdoba, na Argentina. Mas quando meu pai faleceu eu achei que nada mais valia a pena, fiquei sem chão, sem apoio, me vi perdido assim como o restante da minha família, mas em algum momento eu soube que, onde quer que ele estivesse, eu faria ele se orgulhar de mim ao ver um de seus filhos realizando um dos seus sonhos, e aqui estou eu hoje, podendo dar uma vida confortável à minha família, jogando em um dos maiores e mais respeitados clubes do mundo, a Juventus, podendo servir meu país jogando pela seleção Argentina e morando nessa cidade maravilhosa chamada Turim, nos alpes italianos.

Passadas as festas de final de ano, eu tenho a grande alegria e responsabilidade de proporcionar alguns dias de "férias e mordomias" a um grande amigo meu, com toda certeza ele está no meu TOP 3 de melhores amigos (nossa, pareço uma menina falando isso) o Santiago ou Santi, como todo mundo o conhece desde a infância. Santi é alguns meses mais velho do que eu, e nos conhecemos em um dos momentos mais difíceis da minha vida, que foi quando resolvi sair de perto do meu aconchego familiar e ir atrás do meu sonho de ser um jogador de futebol, logo após a perda do meu pai. Recebi a proposta de um grande clube formador da Argentina, e incentivado pela minha mãe e irmão, decidi sair da minha cidade natal e morar em um alojamento com outros garotos de variadas idades, e foi aí que Santi apareceu, dividindo um pacote de bolacha comigo no meio da noite; e depois desse episódio dividindo sua família que morava próximo ao alojamento, sua lealdade e companheirismo comigo. Infelizmente, Santi teve uma lesão muito séria de ligamentos nos dois joelhos quando tínhamos uns 16 anos e decidiu abandonar o futebol, pois sabia que seu rendimento dentro de campo nunca mais seria o mesmo, e vamos combinar, que equipe se interessaria por um garoto que já teve uma lesão tão séria assim logo antes de se tornar profissional? Mas algo que ele nunca abandonou foi a nossa amizade, e mesmo não fazendo mais parte do time, das concentrações e treinamentos, ele ainda dividia sua família comigo nos feriados nos quais eu não tinha dinheiro pra voltar pra Cordobá. Santi era o caçula da família assim como eu e tinha uma irmã mais velha, dois anos mais velha pra ser mais exato, chamada Luna; mas todos achavam que ela era a caçula quando a comparavam com Santi, pois ele aparentava ser bem mais velho do que ela. Foi aí que me enganei também e, sim, foi amor à primeira vista (pelo menos da minha parte, confesso). Luna era maravilhosa, era baixinha (é, eu também era e sou até hoje, mas ela conseguia ser menor do que eu) e tinha lindos cabelos cacheados cor de mel e olhos esverdeados, dona de um sorriso encantador e nem sabia disso na época. A convivência entre nós aumentava a cada dia, pois assim como eu, ela tinha Santi como irmão e melhor amigo também. Estudávamos no mesmo colégio, e minha paixonite por ela só se agravava com o passar do tempo, provocando-me sintomas cada vez mais fortes e constrangedores se é que me entendem, até o dia que resolvi tomar coragem e a convidei pra tomar um sorvete depois do treino, pois ela sempre ia assistir aos treinos do irmão. E foi aí que passamos a ser namorados. Tá, confesso não foi assim, na verdade o Santi nos seguiu até a sorveteria e viu o nosso primeiro e desajeitado beijo que tinha gosto de sorvete de morango, e fez um pequeno escândalo arrastando a irmã pra longe de mim, mesmo ela gritando que era a mais velha e que fazia o que bem entendesse e principalmente beijava quem quisesse. Depois desse episódio marcante, ela parou de aparecer nos treinos e só nos víamos na escola; semanas depois do nosso primeiro beijo eu resolvi ir até a casa deles pra pedi-la em namoro, pois a única coisa que eu queira além de jogar futebol era sentir os lábios dela contra os meus novamente e constantemente se isso fosse possível.

La JoyaWhere stories live. Discover now