Stiles suspirou. De repente, arregalou os olhos. Um pensamento horrível tinha chegado à sua cabeça.

- Ah... gente? - seus amigos se viraram pra ele. - Vocês acham que pelo Derek ser um lobisomem vai ser... tipo...mais de um bebê?

***

Scott só foi chegar em casa horas depois, quando já tinha escurecido. Estava cansado. Às vezes - e com isso, ele queria dizer sempre -, Stiles podia ser bem teimoso, e difícil de lidar. O Alpha não sabia se ficava bravo com o amigo, com pena, ou em desespero. Aquele era definitivamente um problema que nunca pensou que teria que lidar.

Imaginou como Stiles estava se sentindo. Ele tinha passado por tanta coisa aqueles últimos tempos, aquilo devia ser um bônus.

Estava subindo as escadas quando a voz de seu pai o chamou, tirando-o de seus pensamentos.

- Scott?

- Pai? - o Alpha parou.

- Você pode descer? Temos que conversar.

Oh, não. "Temos que conversar" nunca é bom.

Scott desceu as escadas e andou até a sala. Seu pai havia se sentado no sofá, ele se sentou no outro, ficando de frente para o maior.

- Sim? - alguma coisa o dizia que aquilo não ia ser bom.

- Eu conversei com meus superiores. - ele começou. - Peguei o caso do massacre no hospital, e convenci eles a me transferirem para cá por enquanto.

- Então você vai ficar?

- Exatamente. - o agente respirou fundo, como se estivesse tomando coragem. - Tivemos aquela conversa no outro dia, e você tem razão. Aquela briga que eu e sua mãe tivemos não era uma desculpa boa o suficiente para eu ter me afastado de você do jeito que me afastei. Não existe uma desculpa boa o suficiente. Eu quero consertar as coisas.

Ele fez uma pausa, como se quisesse que Scott falasse alguma coisa, mas ele não disse nada. Scott não sabia bem como reagir. Devia ficar feliz por ter seu pai de volta? Devia ficar com raiva? Devia se importar?

Depois de ver que seu filho não iria dizer nada, McCall limpou a garganta e continuou.

- Então... se você quiser... nós podemos tentar...

- Ser pai e filho?

- Exatamente.

- Eu não sei. - Scott disse sinceramente. No fundo, ele sentia seu orgulho lhe dizendo para negar, lhe dizendo que nunca havia precisado daquele homem antes, e não iria precisar agora. Mas ele era seu pai. Se ele estava disposto a ser uma família, Scott também deveria estar, não é?

- Eu entendo que não queira. - continuou. - Mas você é meu filho. Eu sei que errei, e por isso, não vou desistir de tentar consertar. Podemos começar com algo pequeno. Talvez... eu possa comprar o jantar pra você e Melissa qualquer dia, e nós podemos...ah... você pode até chamar o seu... ah... o seu... acompanhante.

- Acompanhante? - franziu as sobrancelhas, sem entender.

- É, bom... sua mãe disse que você e aquele garoto que está morando aqui estão... ah... juntos.

- Ah! - o Alpha sentiu seu rosto esquentar.

- Eu sei que eu não estar por perto te afetou bastante, filho, e eu sinto muito. Talvez com o tempo, nós dois nos aproximemos, e essa fase passe. Eu tenho certeza que...

- Wow, espera ai. - Scott o interrompeu, sentindo alguma coisa pesar em seu peito. - Como é que é?

- O quê?

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