Tudo estava dando certo, até que os primeiros conflitos começaram a surgir. Pessoas desgarradas começaram a se juntar e a saquear  e destruir pequenas aldeias em diferentes regiões. No total 23 pessoas do Floukru (boat people), Trikru e Lake People  foram mortas em 3 ataques, mas na quarta empreitada consegui surpreender os desgarrados com alguns de meus soldados. Em 5 anos essa foi a primeira vez que homicídos foram cometido sob meu comando, e isso não sairia impune. 

   Convoquei todos os reis e rainhas dos 12 clãs e todas as aldeias que sofreram com os ataques para que comparecessem à Polis. Quando o sol se pôs centenas de pessoas se reuniram ao redor das 4 estacas onde os 4 homens que assassinaram 23 pessoas inocentes estavam presos.

_Hoje, pela primeira vez em 5 anos estas pessoas estão sendo julgadas pelo homicídio de 23 pessoas inocentes, entre elas crianças e idosos - comecei - Essa atitude não será tolerada. A partir de hoje quando alguém assassinar outra pessoa ela será condenada à morte, e sofrerá a dor de todas as vidas que tirou. Cada um de vocês sentirá a dor dar 23 pessoas que morreram - falei me virando para eles, que se faziam de durões. Retirei minha espada da bainha e fiz um corte horizontal, não muito profundo em cada um deles, escutando seus gritos de dor - Que os parentes dos mortos se aproximem e vinguem seus entes queridos. 

  Cada um dos conhecidos das pessoas que morreram fizeram um corte com suas espadas ou facas nos 4 homens, seus gritos ecoavam por todos os lugares e nenhuma pessoa presente desviava o olhar. Depois dos 23 corpos assassinos e vítimas foram colocados em uma enorme pira e foram devolvidos ao pó. Não deixarei que assassinos e bandido vivam livres como era antes do dia em que a humanidade foi quase totalmente destruída, a partir de agora é olho por olho, dente por dente."

_Pesado... - Clarke disse assim que terminei a leitura do segundo capítulo do livro. 

_Eu acho justo, gostaria que tivesse continuado assim - falei me levantando e colocando o livro no chão, ao meu lado.

_Isso é muito brutal, Lexa - a loira me disse com uma expressão de " você não pode estar falando sério"

_É brutal, mas é justo. Se você mata uma pessoa inocente você vai sentir a mesma dor que fez ela sentir. Se você mata mil pessoas sentirá a dor de todas elas. Não vejo justiça maior que essa, as pessoas não seriam tão cruéis se as coisas fossem assim.

_E enquanto a segundas chances? E se eles se arrependessem?

_Eles podem se arrepender, mas vão ter que pagar pelo que fizeram. Um vida se paga com outra, não com uma prisão em uma cela no espaço confortável e quentinha como hoje. Se eu encontrasse os canalhas que mataram meus pais e os de Anya não iria querer ver eles dentro de uma cela com água, roupa lavada e comida três vezes eu dia, eu mesma os mataria. Jus Drein, Jus daun- falei com raiva. A frase veio do nada em minha cabeça, e eu podia jurar que em questão de segundos pude ver Clarke de frente para mim em uma cabana com os cabelos grandes, trançados e vestidos roupas muito, muito, muito estranhas. 

_Jus Drein, Jus daun... O que isso quer dizer? - ela me pergunta

_Sangue se paga com sangue - respondi.

_Como se diz "não" em trigedasleng? 

_No.

_Jus Drein no Jus Daun - ela me disse. E nesse momento cenas se passaram em minha cabeça, e eu podia jurar que eram lembranças.

~~~~Flashback ~~

_Então me diga Clarke, como tudo isso termina? Você acho uma maneira de salvar seu povo outra vez? - eu havia dito aquilo, aquela era minha voz. E a mulher loira parada à minha frente era, com toda certeza do mundo, uma Clarke mais velha, suja de lama e com os cabelos bagunçados, parecia que ela não tomava banho a um bom tempo.

Destino? (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora