—Confie em mim, eu jamais te colocaria em risco Isabella— Nós dois estranhamos quando a chamo pelo seu nome verdadeiro.

—Eu vou devagar, é só você segurar em minha cintura, e você topou a viver todas novas emoções comigo.

—Eu te odeio Bieber— Ela fala e eu sorrio pois sei que é mentira. Eu não passei quinze dias pesquisando tudo o que eu poderia fazer com ela e que não correria o risco dela se assustar ou machucar, eu sei o que estou fazendo.

Tenho que agradecer a Beatriz depois ela me disse tudo que Isabella nunca fez e tem vontade.

Quando vejo que ela está calma, ajudo que a mesma se sente na moto e coloco o capacete em sua cabeça abaixo a viseira para que nenhum inseto bata em seu rosto e ela se assuste, monto logo em seguida e pego suas mãos, sinto quão geladas estão.

—Apenas relaxe Violetta, vou bem devagar, qualquer coisa vamos parando, tudo bem? Tudo que você tem que fazer é segurar firmemente meu quadril e não teremos problema.

Ela me aperta tanto que incomoda um pouco, mas sei que aos poucos ela vai relaxar. Dou partida e engato a primeira marcha, escuto seu ronco ao acelerar, suas unhas apertam meu quadril fazendo com que minha pele adquirir uma ardência no local.

Pego atalhos para evitar buzinas de motoristas impacientes e logo apenas árvores podem ser vista por mim, ela já não me aperta mais e alguns momentos olho em meu retrovisor e posso ver ela sorrir com os olhos fechados.

Paro em frente a cachoeira, desço com cuidado e depois a ajudo.

O vento gélido bate contra nossa face, os pássaros e as folhas batendo uma contra as outras  podem ser ouvidos.

—Onde estamos?—Ela tenta se concentrar em algum barulho , mas são tantos que ela não consegue.

—Uma cachoeira.

 Ela se assusta mas sorrir logo em seguida, me sento perto da água e a puxo para se sentar perto de mim.

—Como é a cachoeira, Justin?

Observo aquele tanto de água despencando lá do alto e seguro sua mão.

—É como um véu de uma noiva, mas bem longo, lembra também um pouco algodão doce ou nuvens pois sua água ficam tão branca por estarem caindo juntas e rapidamente.

Olho para ela e a vejo de olhos fechados, ela é tão linda, tão pura e serena. Um verdadeiro anjo.

—Quer entrar?

Ela fica calada, seus dentes mordiscam seu lábio inferior, sinto vontade de beijar seus lábios mas não devo. Ela não é uma conquista.

—Eu não tenho biquíni—Ela faz um biquinho adorável.

Tenho vontade de me bater por não ter pensado nesse detalhe.

—Você pode entrar de lingerie, é tudo igual no fim das contas — falo no fim das contas, pois foi a única ideia que tive.

Ela parece pensar e eu juro que não falei por maldade, longe de mim fazer algo desse porte com alguém e demais a uma menina indefesa.

—Tem razão—Me surpreendo por ela não achar um absurdo, o que entrega sua vontade de sentir a cachoeira

—Eu confio em você Justin.

Ela se levanta e tira a blusa verde que estava vestida e logo em seguida o short preto, viro meu rosto para o outro lado e pensando na minha avó escovando sua dentadura.

Eu sou homem e como todo homem tenho meus desejos, e Isabella tem mais corpo que eu pude imaginar e ela com aquela lingerie em um amarelo claro com seus seios bem juntos me deixou inquieto.

Não necessariamente excitado, eu sei controlar meus desejos desenfreados.

—Não vai me ajudar?—Desperto com seu comentário e tiro minha camisa azul, ficando apenas com a bermuda.

—Tem que entrar devagar para não se afogar com a queda d'água ela é forte—A explico e ela assente

—Posso te contar um segredo, eu nunca tomei banho de água fria, até quando entro em piscina a mesma é aquecida, tenho medo da sensação, mas eu quero sentir isso com você Justin.

Seguro sua mão e entramos, ela se encolhe toda, e posso ver sua pele arrepiada, Londres já é fria naturalmente e ela por não está acostumada deve estar sendo quase o fim do mundo.

Ao chegar perto da cachoeira,ela entra de uma vez quase me causando um infarto, ela é daquelas que tira o curativo de uma vez. Ela sorrir enquanto passa mãos em seus cabelos compridos e os jogando para trás. Suas bochechas estão vermelhas pelo frio e ela sorrir grandiosamente, ela está feliz.

Ela forma uma concha com as mãos e recolhe um pouco de água e logo jogando para cima, e logo depois gargalha alto . Não existe frio, não existe hora, tudo que eu quero é aproveitar cada segundo com ela.

Seus olhos abrem e fecham devagar enquanto aproveita a sensação de água fria contra sua pele, e eu apenas observo cada detalhe de seu rosto. Uma inocência que a deixa encantadora, um sorriso pequeno porém verdadeiro.

Ela não é aquele tipo de mulher que temos que observar o corpo para encontrar algo que encante, Isabella com apenas um olhar ou um sorriso faz com que esqueçamos tudo a nossa volta.

—Violetta— A chamo e consigo sua atenção, ela se vira para mim. —Quero tentar algo não se assuste.

Passo a mão em seus ombros e minha mão vai para debaixo de suas coxa, ela abraça meu pescoço.

—Relaxa você vai boiar.

Repouso seu corpo na água e meus braços a sustentam, sorrio quando vejo ela fechar seus olhos e abre os braços enquanto seus dedos brincam com a água.

Sinto como se borboletas voassem em meu estômago, me sinto ansioso, mais que ansioso, é um misto de sentimentos me deixando confuso.

Porque cada momento com ela parece ser mágico?

—Obrigada, Justin você é incrível, estou tão feliz, eu estou viva.

Me abaixo um pouco e beijo sua testa.

—A única pessoa incrível aqui é você Violetta.

Ela mesmo no escuro trouxe cor para minha vida tão preto e branco.

Não sei quanto tempo ficamos na água, foi tempo para que ela começasse a tremer e termos que sair, ela se enxuga com minha camisa e logo está vestida.

O pouco de sol que tem nos aquece e ela está com os olhos pequenos, como se estivesse cansada e de fato água cansa o corpo.

—Justin, eu posso te tocar.— Pensei que ela nunca fosse pedir e esperei pacientemente nesses três meses para ela mee pedir.

Sem dizer nada, pego suas mãos e coloco em meu rosto.

Ela tateia calmamente cada canto, minha respiração está entrecortada como a dela.

Seus dedos desenha minhas sobrancelhas,meu nariz, boca e por fim queixo.

A cada toque um sorriso pequeno se forma em seus lábios pequenos, suas esferas violetas ganham uma tonalidade mais clara a deixando mais linda.

Eu não posso  mais fugir da realidade da forma mais pura que existe, eu percebo que  estou me apaixonando por Violetta.

Violetta ✓Where stories live. Discover now