— Gaby! — Luana a repreendeu.

— O que você disse? — as encarei elas ficaram muda — Fala, gente.

— Não é nada.

— É sim, e assim vocês só tão me deixando nervosa!

— Fica calma, não foi nada de mais. — Adriana disse — A polícia tentou subir o morro, mas não consegui tá tudo bem agora.

— O quê? — perguntei preocupa — E Rocco?

— Ele tá bem, todos estão bem.

— Quando foi isso? — levantei do sofá.

— Hoje de manhã bem cedinho. — Gaby disse.

— Como isso foi acontecer?

— Rocco tava se preparando pra vir aqui quando tudo aconteceu, agora ele não pode sair do morro, não pode vir aqui te ver. Você conhece Rocco, ele é surtado, agora tá descontrolado. 

— Rocco não pode fazer essa besteira, ele não pode sair do morro agora! — peguei meu celular e liguei o mesmo, começou a chegar várias mensagens, chamadas perdidas o que fez o celular travar e não consigo mexer.

— Fica calma, amiga. — Adriana pegou meu celular colocando no mesmo lugar carregando e me faz voltar a sentar no sofá — Rocco tá seguro, ele não ia se colocar em perigo. Você pode ligar pra ele depois se isso for te deixar mais tranquila, mas agora, por favor, se acalma.

— Não estou acreditando nisso. — balancei a cabeça negativamente.

— Pensa pelo lado bom, você aqui no asfalto não passou o susto dos tiros, isso poderia prejudicar sua gravidez. — Luana falou.

— Por esse lado você tem razão, mas não adianta, estou aqui no asfalto segura mas preocupa com Rocco. — agora entendo essa angústia, tinha a ver com Rocco.

— Rocco tá bem, todos estão bem.  — Adriana me deu um copo de água.

— Falei demais, né? — Gaby perguntou — Desculpa, fiquei nervosa.

— Tudo bem. — respirei fundo — Meu coração tava angustiado, agora entendo o motivo.

— Não fica com pensamentos negativos. 

— Impossível. — bebo um pouco de água.

Ela suspirou ficando quieta, tento prestar atenção na conversa que elas iniciam sobre como a polícia recuou.

Coloco o copo na mesa de centro, meu celular ainda tava travando na bancada. Gaby mexe na bolsa e pega uma caixinha pequena branca enfeitada com um laço azul . 

— Acabei esquecendo de te dar antes. Abre. Tenho certeza que você vai gostar. — disse.

Peguei a caixinha e tiro o laço, abro a mesma vendo um sapatinho de crochê azul.

— Nossa Gaby, é lindo. — falei encantada.

— A mãe de Menor que faz, D. Maria comentou sobre sua gravidez, ela fez esse sapatinho pro bebê.

— Vai ser o primeiro que ele vai usar. — pela primeira vez no dia, depois de tanta angústia, consigo abrir um sorriso sincero — Obrigada.

— Quando você escolher o nome ela pode fazer personalizado. — ela tirou uma blusinha rosa e me mostrou — Olha essa que ela fez pra minha filha.

Na parte da frente da blusa tinha o nome: Camila Vitória.

— Esse é o nome?

— Sim, Menor escolheu. — sorriu — Ele disse que só escolhia nome feio e nossa filha não ia sofrer bullying.

Nosso Recomeço (Nova Versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora