Capítulo 35 ( Realeza perdida )

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-Olha ali, um cervo.

Roxy o vê. Era um cervo grande e um pouco robusto, estava passeado descontraídamente na mata, nem imaginava o seu último suspiro pelas mãos de uma garota de doze anos. Ela ficou observando o animal com os olhos desatentos, foi necessário Jane lhe dar um cutucão para ela voltar ao mundo real;

-Vai logo - sussura a amazona.

Roxy toma coragem e prepara sua flecha, ela aponta para o cervo, exatamente na sua testa. Ela imagina um alvo em sua testa, e no momento que vai soltar sua flecha, o cervo encontra os olhos dela, ao ver os olhos escuro do animal e sentir uma pena dele, Roxy acaba deixando o bicho escapar, o que deixa Jane bem furiosa;

-Tá ficando maluca ? Olha...logo logo, as outras chegarão aqui e irão caçar todos os animais que tiverem, principalmente os cervos. Se quiser ficar com fome, por mim pode ficar, mas não me faça perder tempo contigo.

-Você não entende...estou longe de ser santa e inocente, mas jamais tiraria a vida de um cervo.

-É a vida dele ou é a sua, escolha, antes de ser o seu jantar, é parte de seu treinamento, e eu sou sua tutora, lembre-se de tudo que acontece aqui é relatado para a Hipólita. - Jane faz uma pequena careta de desgosto quando fala da Rainha das amazonas.

-Eu tenho uma ideia...

-Estou ouvindo.

-Como eu não tenho experiência nesse tioo de caça, eu poderia fazer armadilhas para capturar animais pequenos, se obtivesse sucesso, já seria um começo.

-É uma ideia boa, garota. Mas é contra as regras, você tem que caçar com arco e flecha assim como as outras, não posso mudar isso.

-Não estou dizendo para mudar as regras, Jane. Estou dizendo para torna-las mais flexíveis, eu posso caçar com arco e flecha, mas o que custaria conseguir mais comida de um jeito diferente ?

-Custaria uma briga com Hipólita, o que estou tentando evitar no momento.

-Não seja covarde, Jane. Hipólita pode sera rainha das amazonas, mas não de você !

-Está evidente que se esqueceu do que aconteceu ontem à noite. - respondeu ela.

-Não, eu não esqueci. - disse ela revirando os olhos.

-Se você não matar o próximo animal que aparecer, isso irá pesar no meu resultado.

Elas fazem o mínimo de silêncio, e esperam algum animal aparecer, depois de algum tempo, um cervo aparece novamente, esse já era um pouco mais cheio que o anterior, e também aparentava ser mais velho. Roxy repete o mesmo ato, porém ela não comete o mesmo erro de olhar nos olhos do animal, ela só olha para o alvo imaginário na testa do bicho, e solta a flecha, em poucos segundos, o cervo está caído no chão, dando seus últimos suspiros de vida.

Jane parabeniza Roxy pela sua coragem, e a leva para próximo do ceevo morto, tinha um bocado de sangue debaixo do animal, ele estava com os olhos abertos e as pupilas dilatadas, com a flecha cravada no meio de seu crânio;

-Ótimo, tire a flecha !

Roxy não disse nada e obedeceu Jane, se ajoelhou ao lado do cervo e tirou sua flecha da cabeça dele. Ela sentiu culpada por isso, mas foi consolada por Jane;

-Ele vai estar vivo de novo, garota, os animais aqui só vivem para serem caçados e depois viver de novo, isso foi uma benção de Ares, os animais selvagens que estiverem dentro da fenda, sempre ressucitarão depois de mortos.

A Guerra do Monte Olimpo e o sequestro dos deuses menoresOnde histórias criam vida. Descubra agora