― Agora você muda o seu discurso, Specter? ― Ela arqueou as sobrancelhas e o encarava torcendo os lábios. ― Tudo bem. Eu seco e guardo a louça.

― Agora sim. ― Harvey abriu a torneira para molhar as mãos e em seguida, espirrou água em Donna.

― Harvey! ― Donna o repreendeu. Esperou ele voltar a estar com as mãos ocupadas e jogou a água que escorria diretamente da torneira, molhando a camiseta dele.

― O banho é só daqui a pouco, honey. ― Harvey disse e esperou ela se distrair. Passou a mão cheia de espuma pelo braço de Donna.

― Você quer guerra, Specter? ― Donna limpou o braço e passou a mão com espuma no rosto dele.

― Talvez. ― Harvey jogou mais água dessa vez, molhando o corpo de Donna.

― Harvey! Você molhou os meus peitos! ― Donna começou a puxar a camisola para secar.

― Não! Deixa que eu seco! ― Ele deu um sorriso malicioso.

Donna o empurrou com força para o lado usando o pé.

― Ei! Sem agressão física! ― Harvey fingiu estar bravo.

― Você percebeu que ainda não terminou de lavar uma única xícara? Só está fazendo espuma!

― Estou cheio da louça. ― Harvey deixou a xícara e a esponja na pia. Moveu-se rapidamente até Donna e segurou o rosto dela com as duas mãos cheias de espuma, dando um selinho demorado. ― O segundo round pode ser no chuveiro. ― Ele piscou para Donna e começou a caminhar para a suíte.

•••

Harvey e Donna tiveram um dia cheio na empresa, que mal tiveram tempo para conversar durante o trabalho até chegar em casa.

― Você realmente tem que ir? ― Harvey a abraçou por trás enquanto Donna arrumava a mala.

― Eles vão estar me esperando para entregar a chave do apartamento. ― Ela sorriu e parou o que estava fazendo. Colocou suas mãos sobre as dele, acariciando.

― E se, hipoteticamente, apenas uma hipótese ok? Continuando... Imagina se alguém estourasse um cano da sua cozinha. ― Harvey escutava Donna rindo. ― Ou uns três de uma vez! Não imagino quem faria uma coisa dessas...

― É... Nem eu. ― Donna virou-se para ele fingindo estar em dúvida.

― Você teria que arrumar um lugar para ficar outra vez. E se você ficou aqui uma semana, agora com três canos estourados, teria que ficar três semanas!

― Olha só, que matemático! ― Donna zombou e deu um selinho demorado nele. ― Não pense que não vou aparecer aqui outras vezes. Ainda tem a reforma do banheiro mais para frente.

― Talvez eu possa fazer uma interceptação de um caminhão de cerâmicas nesse caso. ― Ele deu de ombros.

― Você está me contando o seu crime? ― Ela fingiu estar assustada.

― E parece que você é minha cúmplice. Sorry, Donna.

― Bobo! ― Donna riu e o beijou outra vez. ― Deixa eu terminar isso aqui ou vou chegar depois do horário marcado.

Donna se desvencilhou dos braços dele e voltou a arrumar suas roupas na mala. Vendo a prateleira com as camisetas dele, ela pegou a camiseta de Harvard que usara noites atrás e guardou na mala.

― Você está roubando minhas roupas? ― Harvey cruzou os braços e arqueava as sobrancelhas enquanto a encarava. ― Eu posso comprar camisetas de presente para você, se for necessário.

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