12 - Atrasados

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— Não sei se devo confiar mana, ele é um garoto legal, mas tenho medo de confiar ou até de me apaixonar pra no final descobrir que foi só uma aposta. — Ela beijou minha testa e sorriu pra mim.

— Faça o que seu coração mandar, se for um erro vai ser mais um pra conta, não fique passando vontade por medo.

   Agatha não falou mais nada e saiu do quarto me deixando sozinha... apenas com meus pensamentos, depois que a minha mãe começou a passar mais tempo no trabalho e não em casa comigo e com minha irmã.

   Quem começou a me ajudar em tudo que precisava foi Agatha, ela estava do meu lado pra tudo que precisava, conselhos, garotos, brigas, tudo que imaginar ela estava lá do meu lado tentando me ajudar ao máximo, me colocando pra cima quando estaria nos meus piores dias, ela virou minha segunda mãe desde a primeira me deixou sozinha.

   Vou ao banheiro e passo uma água no rosto, tentando acalmar os ânimos, voltei para o quarto e me joguei na cama fiquei encarando o teto por longos minutos decidindo o que faria pelo resto do dia.

— Andar de skate, vai ser isso que vou fazer hoje! Mesmo eu não sabendo onde está meu skate. — Fui no quarto da Agatha querendo saber onde estaria. — Mana sabe onde pode estar meu skate?

— Não faço a mínima ideai, deve estar na casa dos pais. — Revirei os olhos.

   Tanto tempo que não volto naquela casa, depois que meus pais começaram a trabalhar vinte e quatro horas por dia a casa não poderia ficar sozinha pegando poeira, então tiveram a brilhante ideia de deixar meus primos morar lá por certo período.

   Pois bem! Eles continuam morando lá até o dia que meus pais voltarem e expulsarem na força do ódio... como isso ainda não aconteceu eles ficam ostentando com festas toda sexta.

   Durante todo o caminho até lá fiquei imaginando como estaria a casa, algumas janelas destruídas talvez? Ou alguma cama quebrada se é que me entendem.

   Quando cheguei, toquei a campainha e quem me atendeu foi a dona maria, a mesma empregada desde sempre, gosto muito dela passávamos um bom tempo na cozinha conversando sobre qualquer tipo de assunto.

— Senhorita Lopez, quanto tempo não te vejo? — Sorri pra ela que se afastou da porta deixando um espaço com que pudesse passar.

— Não sou muito de aparecer por aqui, me desculpe por isso, sabe onde estão os meninos?

   Não foi nem preciso Maria responder, Luccas desceu a escada feliz da vida como se fosse uma criança no parque.

— Como é bom te ver prima! Como vai à vida? — Passei por ele sem responder, subi para o segundo andar indo para meu antigo quarto. — Veio finalmente nos visitar?

— Vim só pegar uma coisa que preciso, nada mais que isso.

— Gabriel deve estar em algum lugar dando.

   O melhor primo que poderia existir é o Gabriel, todo mundo da família aceita ele do jeito que ele é, o que mais me protegeu de todas as merdas que fazia e sabia que daria errado ele me protegia mesmo sabendo que ele poderia se ferrar junto comigo.

— Não fala assim dele. — Abri a porta do meu quarto e encontrei tudo do jeito que deixei, fui até meu closet vazio e encontrei o skate em uma das partes mais escondidas.

   A praça onde costumava andar fica perto de casa então decidi ir andando, caminhar e ouvir os passarinhos cantarem durante uma tarde de segunda e totalmente relaxante, assim que cheguei a vir algumas crianças brincando e a pista de skate totalmente vazia sem nenhuma alma viva.

A babá da minha irmã /EM REVISÃO/Onde histórias criam vida. Descubra agora