Analu: E aí,bom dia. Tenho uma consulta aí.- Ela olhou pra mim com desdém.
- Nossa, tão nova indo fazer uma ultrassom? Já tendo uma nenê? O que seus pais pensam disso? - Revirei os olhos.
Analu: Garanto que o que eles pensam não é dá tua conta, se liga! Tu é paga pra me atender bem e não cuidar da minha vida, grávida ou não, te garanto que quem vai cuidar sou eu, não você. - Pisquei.
Puxei a prancheta da mão dela e vi meu nome, agora era hora minha consulta, vi a sala e puxei Gustavo.
Guga: Pouco revoltada? -Brincou.
Mandei dedo e entrei na sala, a médica nos olhou e sorriu simpática.
-Você deve ser Ana Luísa né? Exame de sangue, correto? - Assenti.
Fui até a salinha com ela e ela fez os procedimentos lá e pá.
-Cinco minutos.- Saiu da sala.
Fiquei brincando com Naty e Gustavo, eu estava nervosa demais, alguém me segura!
Lentos minutos se passaram e ela voltou, com um papel em mãos.
Analu: Aí moça, tô nervosa.- Puxei o papel da mão dela.
-Me chame de Beatriz.- Sorri nervosa olhando os papéis.
Abri o papel pulando as baboseiras ali escritas, indo pro final.
POSITIVO
Deixei o papel cair no chão e bati na minha cabeça, merda, porra, burra.
Beatriz: Como eu já previa. Vamos pra ultrassom logo? - Gustavo me olhou.
Analu: Dá pra ensinar o bebê a parar de respirar? Sério.- Fiz graça mas tava nervosa.
Beatriz: Graças a Deus, não. - Segurou meu braço levemente me levando a uma sala.
Me deitei e ela pediu pra mim levantar a blusa, assim fiz,ela começou a olhar lá.
Beatriz: Nossa, já tem dois meses, caminhando pros três! - Bati a cabeça na maca.
Depois dela me dizer as coisas, vitaminas e cuidados eu sai com Gustavo, fomos o caminho todo calados, que merda!
Analu: Obrigada.- Beijei a bochecha dele.
Guga: Tenho consideração grande por tu já.- Sorri e desci com a Naty.
Entrei em casa e minha mãe e meu irmão estavam lá e me olharam com maior olhão.
Analu: Como vocês tanto queriam, eu tô grávida.- Falei sem animo algum e entreguei a Natália pro meu irmão.
Sai novamente, tava calor pra porra, fiz um coque no meu cabelo e fui andando até a papadaria do José.
Analu: Me dá dois pastéis, por favor.- Falei pra atendente.
Ela sorriu simpática e eu apoiei minha mão no rosto e fiquei olha do a rua, o que me chamou atenção foi o Victor, a mesma pessoa que tava me beijando ontem e pedindo pra nós ficarmos bem, com as mãos entrelaçadas com a Lourdes,que já tinha barriga visível, fiquei observando os dois que caminhavam na direção da padaria, a moça trouxe meus pastéis e eu comecei a comer.
Victor assim que me viu ficou todo xoxo, todo sem graça, mas tu deu atenção? Nem eu!
Lourdes: Trás duas empadas,meu menino tá com fome.- Falou alto e alisou a barriga.
Victor sempre quis um filho menino, sorri de lado e comecei a comer, ele tinha um semblante fechado, devia estar feliz.
Depois de comer deixei 10 reais na mesa e me levantei.
Lourdes: Isso mesmo,vai embora.- Gritou, me virei pra ela e segui até a mesa deles.
Analu: Se liga, mamada. Tô de dando moral não, fica pianinho aí caralho, se tu dirigi a palavra pra mim de novo eu arrasto tua cara no afalsto esquecendo dessa cria aí, último aviso.- Falei com o dedo na cara dela.
Neguinho: Pra quê isso? Tá se passando.- Se intrometeu, olhei pra ele e arqueei a sobrancelha.
Analu: Aí, se liga também, seu comédia! Vai tomar no cu, esquece que tu pode rodar também não!
Me virei tentando me acalmar, pelo meu pivete, aí caralho, é tão estranho saber que tem um ser humano dentro de tu, que ele vai crescer e ser um filho da puta contigo e vai fazer tu pagar por tudo que tu fez pra teus coroas, credo.
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Caminhos diferentes.
Teen FictionEm uma história que existe o amor e ódio, a paz e perigo, mundos diferentes, perspectivas totalmentes opostas, o amor é grande mas o ódio chega a ser maior. No final ela se deixa levar pelo amor ou pelo ódio?
Capítulo cinquenta e um.
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