– É um prazer conhecer você, Finn. – ele fala e sorri. Eu aperto sua mão e apenas sorrio de volta, sem dizer mais nada.
– Finn esse aqui é o Marc, eu estava saindo com ele esses dias. – Emma explica. Eu sabia que isso era aquela coisa de etiqueta, afinal eu já sabia que eles dois estavam saindo. Nunca entendi essas repetições que as pessoas fazem em assuntos já resolvidos.
– Finalmente aceitou sair comigo. – Marc fala e Emma sorri de forma ingênua.
– Se conhecem há muito tempo? – pergunto, sem demonstrar grande animação.
– Mais ou menos, nos conhecemos em uma convenção um tempo atrás para a melhoria no ensino. Eu trabalho em uma empresa de tecnologia especializada em facilitar a forma de aplicar aulas aos alunos. – Marc fala e já percebo a boa dicção e forma de expressão marcante. Ou ele era realmente um cara muito bom e desenvolto, ou sabia fingir muito bem que era isso tudo.
– Mora aqui?
– Mudei recentemente.
– Entendi. – é tudo que respondo, dando as costas pra ele em seguida.
Jantamos e conversamos bastante. Não posso negar, o cara era simpático e eu estava feliz por ele ser, aparentemente, carinhoso com Emma. Ele parecia querer cuidar dela o tempo inteiro e embora a minha cabeça não estivesse boa para aquele momento, consegui me manter sorrindo e tentando socializar de forma positiva com os dois.
Acontece que é aquilo: ele sempre estaria na minha linha de dúvida se seus comportamentos eram verdadeiros ou não, mas confesso que se não fossem, eram bem ensaiados. No final do jantar, ajudei minha irmã a arrumar toda a cozinha e ela não escondia a sua felicidade por enfim ter me apresentado o seu namorado misterioso.
– E então, o que achou dele? – ela pergunta.
– Simpático. – digo.
– Vamos, você consegue mais que isso. – Emma me cobra.
– Ele parece uma boa pessoa.
– Não é? E é lindo... – ela começa uma extensa lista de qualidades e já percebo que ela está realmente apaixonada por este rapaz.
– É, mas ainda vai precisar fazer mais que parecer pra me convencer de que realmente é uma boa pessoa. – concluo, enquanto termino de secar alguns pratos.
– Ele é um cara legal, Finn...
– Eu não tô apaixonado nesse momento, então sou mais seguro pra falar se ele é, verdadeiramente, um cara legal ou não. – coloco o pano de prato no balcão e saio andando.
– Aonde vai? – ela pergunta, quando me vê voltar do meu quarto segurando minha jaqueta.
– Eu te falei que ia correr hoje.
– Toma cuidado. – ela pede.
– Sempre tomo. – dou um beijo nela e saio de casa em seguida.
Enquanto desço os degraus da pequena escada na frente de casa, coloco minha jaqueta. Entrei no meu carro e coloquei uma música. A musica escolhida? Doubt, do duo "Twenty One Pilots". Eu gostava desse duo, mesmo eu não sendo tão ligado a música quanto minha irmã.
Enquanto dirigia, a frase "Don't forget about me" (Não se esqueça de mim) foi a frase que mais me fez refletir. Era como se eu estivesse tentando me convencer de que tinha feito a coisa certa, mesmo sabendo que não tinha. Foi estranho. Quando cheguei na parte da corrida, desci do carro para falar com algumas pessoas.
– Sumido! – Max fala, vindo em minha direção.
– O que? – pergunto sem entender, enquanto ele se aproxima e ele sorri, negando com a cabeça.
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Aquele Piloto (Romance Gay)
RomanceAaron é jogador de futebol americano em uma escola particular de adolescentes importantes em Colorado (US). Astro do time e filho de político, ele ostenta uma vida regada a muito dinheiro e estabilidade financeira, mas se vê em um funil de sentiment...
Por Água Abaixo
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