XXIX - Reencontro

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– Obrigado!

– Não foi... Ah, esqueça.

Eles andaram em silêncio por um momento, até que Alyon perguntou:

– Acha que foi uma boa idéia dar nossos nomes para aquele cara?

– Não faz diferença – Cassie respondeu. – Não é como se pudessem nos rastrear.

– Você tem passagem pela policia, lembra?

Ela parou abruptamente, encarando Alyon, e um olhar mortal seria melhor do que a cara que ela estava agora. Uma mistura de raiva fria, mas não especificamente dele, e outra coisa que Alyon não entendeu.

– Eu não me orgulho disso – ela falou baixinho, olhando para cima para poder encarar Alyon. – E não é como se eu tivesse tido escolha.

– Eu não queria...

– Talvez não – ela o cortou no meio da frase. Suspirou. – Vamos.

Ela voltou a andar, porém mais devagar, olhando em volta. O cenário não era tudo aquilo, mas pode-se dizer que era um interessante. Havia a calçada de pedra, e diversas plantas em volta – cactos, suculentas, árvores de deserto – todas com placas e identificação especificada. Não era um lugar muito grande, mas havia um espaço.

– Ouviu isso? – Alyon perguntou à Cassie, de repente ouvindo sons de conversa.

Ela ficou em silêncio por um longo tempo, olhando em volta, e finalmente exclamou:

– Ouvi! São eles!

E saiu correndo. Alyon seguiu ela, virando em uma pequena curva. Alyon tinha razão: Clarisse, Lupa, Dylan e Noah estavam lá. Estavam em pé, embora Lupa estivesse ditada, e ao lado dela Noah se escorava na enorme loba. Clarisse foi a primeira a vê-los. Primeiro parecia confusa, depois sorriu e correu até Cassie. Ela deu um daqueles abraços de urso na amiga, que parecia ter virado uma estátua, atônita, provavelmente não acostumada com abraços. Noah veio sorridente até Alyon, como se não tivesse problemas na vida – dádivas de ser criança.

Alyon bagunçou o cabelo do garotinho, mas Noah olhou para ele e cruzou os braços.

– Precisavam ter demorado tanto? – ele exigiu saber.

Alyon riu.

– Tivemos alguns... contratempos, Noah.

Noah o encarou, depois franziu o rosto.

– Você não contou para Cassie que ainda está com o veneno de Quimera, não é?

Alyon arregalou os olhos.

– Não diga nada – cochichou para ele. – Certo?

– Tudo bem – Noah concordou, dando de ombros. Ele encarou Cassie falando com Clarisse – Mas se quer a minha opinião, ela não é a melhor pessoa de se esconder alguma coisa.

– Eu sei – ele suspirou. Noah o encarava com um sorriso no rosto. – Você está lendo a minha mente, estou certo?

O sorriso do menino aumentou.

– Eu não preciso.

E saiu, para cumprimentar Cassie. Clarisse disse alguma coisa a ela, e veio na direção de Alyon, assim como Lupa.

– O bom filho a casa torna – a loba falou, se sentando a alguma distância de Alyon. Ela inclinou a cabeça. – Tenho quase certeza de que isso é da Bíblia.

Alyon não teve tempo de responder como queria, porque Clarisse havia chegado. Ela bagunçou o cabelo dele, que já estava bagunçado o suficiente por causa da transformação.

Em Busca da Origem - As Portas de HadesOnde histórias criam vida. Descubra agora