Me aproximei e o abracei por trás, encaixando meu rosto na lateral do seu pescoço. Ele me empurrou, mas eu voltei a envolvê-lo em meus braços. Então ele se virou e me ameaçou com a faca de cortar carnes.

– Jin!

– Eu ainda não te perdoei. Sai daqui, sai. – Ele dizia enquanto apontava o caminho com a faca.

Então eu tive uma ideia. (Aviso: Se vocês tiverem um Jin em casa, não tentem isso.) Esperei ele se virar e me aproximei do armário de pratos, peguei um prato e como quem não quer nada, soltei, deixando ir de encontro com o chão, fechei meus olhos no momento em que o barulho estridente ecoou pela cozinha.

Jin estremeceu, olhou para cima, respirou fundo e tirou suas luvas de lavar louça. Eu fui para trás do balcão me preparando para o pior. Estranhei quando ele não se virou.

– Ji...

– Me diz... –Ele me cortou. – ...que isso não foi um dos meus pratos quebrando.

– Um daqueles que você gosta? Com flores azuis na borda? Foi sim.

– KIM NAMJOON.

– Ah meu amor, é tão bom ouvir você dizer meu nome.

– Aproveite, por que depois que eu te pegar você nunca mais vai ouvir NADA. – Corri em volta do balcão, ele acompanhava meus movimentos esperando o momento certo para voar em mim. Eu ria, ele também, mas de um jeito meio assustador.

– Você não acha que devemos conversar?

– Vamos conversar sim, a minha mão com a sua cara!

Depois de tanto correr ele me alcançou e me deu vários tapas desajeitados no peito, quando ia acertar meu rosto eu segurei seus braços e o agarrei. Ele podia estar esquentadinho, mas eu ainda era maior e mais forte. Agarrei sua cintura e fiz com que ele sentasse no balcão, seu rosto levemente acima do meu.

– Vamos amor... conversar.

– Namjoon eu só não estou te batendo porque... – Dei um selinho em seus lábios interrompendo sua fala.

– Porque você me ama.

– Porque você esta segurando meus braços! Se não você estava morto!

– É mesmo? – Eu aproximei meu rosto do seu.

– É! – Ele olhava para cima tentando ignorar a minha presença.

– Eu te amo. –Eu espalhava beijinhos pelo seu rosto. – Mesmo você me ameaçando de morte o tempo todo.

Ele sorriu de leve.

– Eu odeio você. – Ele disse encostando a cabeça no meu peito.

– Odeia? –Fiz com que ele olhasse pra mim e encostei nossos lábios. – O quanto você me odeia? – Eu disse com nossos lábios ainda encostados.

– Muito. – Ele respondeu antes de me dar um selinho estalado. Soltei seus braços e me encaixei melhor entre suas pernas, Jin enroscou as mesmas na minha cintura e deixou que eu o beijasse. Minhas mãos passeavam pelas suas costas procurando a barra de sua camisa e as dele bagunçavam o meu cabelo.

A campainha tocou e ele começou a fazer força para se afastar de mim, mas eu não estava nem um pouco interessado nisso. Ate que ele conseguiu espaço suficiente para chutar a minha canela. Me afastei com a agonia.

– Amor! – Falei indignado.

– Podemos fazer isso depois! Vá atender a porta, eu limpo a sua bagunça, não quero que você quebre mais nada. – Ele disse e me deu um selinho demorado antes de se afastar.

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