Ele me seguiu até minha casa e parou quando cheguei próximo a porta, ele ficou observando cada detalhe de minha residência.
- Yuna, posso usar seu... Banheiro?- Disse um tanto envergonhado.
- Venha. - Ele veio correndo para meu lado me esperando abrir a porta.
Assim que entramos ele ficou observando os cantos da casa, era pequena mas tinha bastante espaço pra uma apenas pessoa. Mostrei-lhe o banheiro e passei para a cozinha.
Assim que saiu seu corpo parou atrás da bancada com o olhar curioso.
- Sua casa é bonita - Diz olhando em volta. - Parece confortável.
- Uhum - Murmurei acentindo.
- Yuna, por que você não sorri? Não vai te matar. - Riu baixo.
- As pessoas sorriem quando estão felizes. Entortei a cabeça.
- E você é feliz?
- Pessoas sozinhas não são felizes, certo? - Eu nunca fiz questão de ir a procura de algum parente, acho que as pessoas são felizes quando quem te deixe feliz.
- Mas e seus pais? - Ergueu a sobrancelha.
- Minha mãe morreu no parto e meu pai... - Balançei os ombros. - Eu cresci em um orfanato.
- Mas você não fez algum amigo lá?
- Por que quer saber tanto da minha vida? - Franzi a testa.
- Estou curioso - Ele sorri novamente.
- Para ir contar para os seus amiguinhos populares rirem da minha cara? Prefiro não. Na verdade nem sei porque estou contando tudo isso a você. - Suspirei.
- Eu não tenho "Amiguinhos populares" - Riu.
- Acho melhor você ir, já está tarde não acha? - Olho para o relógio e voltei o olhar ao garoto.
- Ok, mas pode me contar mais amanhã?
- Vou pensar muito bem.
Ele saiu sorrindo e foi embora. Me joguei no sofá olhando para teto pensando "O que estou fazendo?", devo admitir que seu sorriso era contagiante e estranhamente idêntico a de um coelho.
Era estranho depois de anos digamos, isolada alguém aparecer assim quando você já ouviu tanto que não era capaz de se virar, não ter nenhum apoio e viver sem ninguém.
Eu não tenho nenhum problema emocional na verdade, assim como pessoas normais já chorei algumas vezes mesmo nem sabendo o motivo me entregando a tudo.
A vontade de fugir do mundo é grande mas não ajudaria em nada de qualquer forma, tentar fazer amigos quando todos se sentem mal perto de você. Mas eu já me acostumei a esses pensamentos.
Com tudo, eu dormi. Nem ao menos me lembrando de mais nada no dia seguinte, apenas uma dor nas costas por dormir no sofá. Fiz algo pra comer e me arrumei indo para a faculdade de música.
Avistei o local me aproximando e retirei os fones o guardando nos bolsos.
Avistei Jungkook entrando na faculdade e diminui os passos indo mais devagar para que ele entrasse antes de mim. Assim que entrei fui em direção ao mesmo banco de sempre.
- Bom dia. - Encarei o moreno que apareceu ao meu lado animado.
- Ele parece bom pra você...
- Ya, vai continuar me contando, certo?
- Ainda não sei. - Voltei a encarar a tela do celular.
- Por favor! - O moreno juntou as mãos.
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Me ensine a amar |JK| |CONCLUÍDA|
FanfictionYuna nunca soube definir o real sentido do amor, talvez fosse bom, ou apenas fosse um jeito das pessoas fugirem de suas magoas. E juntamente a sua fase de pré-adulta essa experiência emocional não passou despercebido. Porém, por trás de suas novas e...
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