Capítulo - 1 - Salvador é lindo!

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Tudo começou em meu aniversário de 18 anos. Dos meus avós ganhei de presente uma viagem para Salvador, na Bahia. Era 15 de março de 2001.

O que eu não poderia imaginar, e acredito que o mundo todo, era que aquele ano seria um ano muito triste para muitas pessoas.

Meu sonho sempre fora conhecer a Bahia, Salvador para ser mais exata. Eu tinha direito a uma acompanhante e óbvio que não poderia ser outra pessoa a não ser minha prima e melhor amiga Débora.

Se nós tivéssemos o dom de prever o que aconteceria no nosso destino será que tomaríamos as mesmas decisões? Será que poderíamos adivinhar onde nosso destino iria nos levar?

Assim dia 23 de março eu e minha prima embarcamos para Salvador. Estávamos muito animadas. Meus pais e meus avós nos deixaram no aeroporto, e claro, minha mãe como sempre, demonstrava sua indiferença por mim. Indiferença, porque, enquanto meu pai ficava me perguntando se eu tinha pego tudo, se não havia esquecido nada, para que eu ligasse assim que chegasse no hotel, enfim preocupação normal de pais normais. Minha mãe só fazia caretas dizendo que eu era a super responsável que não havia necessidade de meu pai estar tão preocupado:

— Além do mais Marco, elas ficarão só sete dias. Logo vão voltar.

— Mas pelo menos o meu PAI, se preocupa comigo não é "mamãe"?!

Confesso que eu e minha mãe tínhamos um relacionamento um tanto quanto conturbado. Quando eu era mais nova ela vivia para o trabalho, e mal me lembro de atitudes de carinho dela comigo. Diferentemente dos meus dois irmãos. O Diego de dezesseis e o Joãozinho de cinco. Eu amava meus irmãos, principalmente o caçulinha, ele era muito apegado a mim.

Era nítida a diferença de tratamento que minha mãe destinava para mim e para meus irmãos. Não que ela me tratasse mal, mas como já mencionei, parecia indiferente.

Sempre tive a sensação de que minha mãe era amargurada pela vida. Que guardava um segredo. Várias vezes a vi olhando para o nada, estática. Parecia que estava pensando longe. Mas enfim, era o jeito dela.

A Viagem de avião foi tranquila. Eu e Débora chegamos ao hotel, eu liguei para meu pai para avisá-lo que já havíamos chegado.

Desfizemos então, as malas, e fomos passear pelo pelourinho. Que lugar lindo, cheio de alegria, e de cor. Parecia que todo mundo estava feliz.

Tiramos algumas fotos com a máquina que a Débora havia trazido, e paramos em um barzinho para comer alguma coisa, tomar uma água de coco, quando minha prima avistou um lugar:

— "Ete" Olha, a casa da cigana! Vamos lá, por favor, por favor?!

— Você realmente acredita nessas bobagens?

— Você realmente acredita nessas bobagens?

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— Bobagem para você.

— Eu honestamente não acredito que alguém tenha esse poder de prever o futuro.

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⏰ Last updated: Apr 13, 2019 ⏰

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No amor e na guerraWhere stories live. Discover now