– Você é a maldita menina.
Katherine ri alto o suficiente, dando para a ouvir nas partes mais altas das torres do palácio.
– Não sou filha de uma grande Casa. Sou a rainha, por causa de minha inteligência. – Alston nota a angústia na voz da mulher. – Mas, reconheço que não pertenço a esse lugar. Sei muito bem que nasci entre piolhos e ratos.
– Me diga, quem ousaria dizer que a senhora não é a princesa Perdida?
Alston possuí toda a razão. Ninguém irá contra os lordes de Marxavon. E com uma mentira bem contada, o sangue dela será de uma grande Casa.
– Eu. Uma Ruíz? – Ela sorri, debochada. – Filha da Coruja, princesa das terras conquistas? – Ela se imagina nessa realidade por alguns instantes. – O que eu ganharei com isso? A herdeira é a maldita, que os deuses a queimem.
– Uma segurança – responde – E além disso, será muito mais fácil se vingar.
– Uma segurança contra o quê? Sou a rainha de um grande reino.
– O trono de Baktavon pertence aos Gold, sempre pertenceu. E com todo o respeito, Vossa Majestade não é uma Gold.
Katherine ri da inocência do homem.
– O último Gold já se foi. Agora, o trono é dos Cooper.
A vez de Alston rir chega.
– Dos Cooper? Quem raios é Cooper? Esse nome não possui poder. Nem se quer um brasão.
– Não caçoe da Casa de meu pai – ameaça.
– Seja como for, seu marido deixou um bastardo. Quem assegura que ele não queira ascender ao trono?
– O que um bastardo pode querer entre fidalgos? Conheço a moça sua mãe, é uma tola, jamais deixará o rapaz requerer a coroa.
– Deve saber que a moça possui um irmão. O mesmo herdará o trono ao lado de sua esposa, a princesa Margaret. A sua querida maldita é tia do bastardo.
– Agora, compreendo suas palavras.
Ele tem razão. Katty não está segura em seu trono. Fazer parte de uma grande família, a assegurará de uma vida de luxo e nobreza. Mesmo, que o menino ascenda ao trono. Ela estará entre os fidalgos. E com uma devida dose de veneno, o que a impedirá de ascender ao trono do reino vizinho.
– O que devo fazer? – pergunta.
– Apenas dizer as palavras que te ensinar e claro, pagar uma dívida de seu... Novo pai.
Por estar entre os nobres, fazendo parte do Grande Conselho de Marxavon, Lebrak conhece melhor do que ninguém as fraquezas de seu reino, e assim, também as do rei. Como Margaret não se uniu a Thommas, a dívida com Ramona se mantém em pé, agora, cobrada em barras de ouro.
– De quanto é a dívida? – Ela não gosta dessa parte.
– Não é alta para abalar suas riquezas. Porém, garantirá paz e mais fortuna para a senhora.
– Espero que esteja certo ou eu mesma cortarei sua cabeça e darei aos cães.
***
– Aqui está, senhor. – A mulher lhe serve uma xícara de chá e alguns bolinhos de limão.
– Não entendo o que ainda faz aqui. – Ele morde e degusta de um dos bolinhos. – Minha filha não ordenou que retornasse a casa dela?
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A Skaravela.
FantasyEm terras distantes, onde reis ostentam seu poder e fazem suas "cagadas" para o bem próprio. Nasce as tão esperadas herdeiras do reino. Mas, nem tudo foi magnífico como o esperado. Após ser sequestrada dos braços de sua mãe, Skaravela cresce num...
Capítulo XXIII
Começar do início