IV. Cat and mouse

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— Sim, eu sou e você é um idiota.

— O que diabos eu fiz?

— Eu não estou apaixonado por você! — Explodo com sua carinha inocente falsa pra caramba — Como pôde dizer isso pra minha tia, seu perdedor ridículo?

— Oh, eu disse isso? — Sorri cínico, encostando-se ao carro e cruzando seus braços fortes que eu me recuso a encarar.— Eu não me lembro.

Mentiroso de merda.

— Como eu fui dar um voto de confiança a você? — Eu pergunto um pouco menos eufórico, mas, não preciso de uma resposta. A atração, a maldita atração. — Você continua o mesmo pé no saco de antigamente.

— Você realmente tem que parar de tentar me ofender.— Ele aperta minha bochecha e me puxa para mais perto com sua mão direita presa á minha cintura — E a linda amizade que construímos ontem?

— Eu quero tanto que você se afogue no lago. — Quase na mesma intensidade em que quero beijar esses lábios rosadinhos tão perto dos meus.

Eu me inclino, chego até mesmo a encostar minha testa na dele, quase não ligo para o quão facilmente eu me entrego e o quão forte minha atração se mostra. Por que eu deveria negar um desejo intenso como esse?

— Você pularia pra me salvar porque você me ama.

— Urgh! — Jogo a cabeça para trás revirando os olhos.

Por que ele simplesmente não aproveita o momento ao invés de bancar o linguarudo provocador?

— Tchau, amorzinho. — Ele beija minha bochecha enquanto segura minha nuca, deixando-me queimando de dentro para fora.

— Se você me chamar assim de novo, juro que mato você. — Eu empurro meus punhos contra seu peitoral e limpo minha bochecha, como uma criança petulante e enojada.

— Será adorável vê-lo tentar

Ele vai mesmo me enlouquecer.

...

Harry e tia Carol ficam conversando amigavelmente sentados nos degraus de entrada enquanto esperamos os rapazes chegarem. Ela o considera como o filho que nunca teve, até mesmo o chama de "Hazza", e isso me incomoda demais. Sua proximidade com a minha família me tenta a completar o que comecei minutos antes. Ele me irrita, mas, posso lidar com isso, pior ainda: quero lidar com isso. Com esses joguinhos imbecis e infantis que terminam em olhares profundos que dizem muito mais do que nossas línguas travessas. Harry se inclinou também, embora seu jeito de espertinho tenha falado mais alto que sua vontade de me beijar.

Niall, Liam e Zayn chegam na casa das minhas tias trazendo suas próprias refeições em potes de plásticos e coolers cheios de gelo. Um verdadeiro exagero, na minha humilde opinião, mas, sei o que dizem, melhor sobrar do que faltar. Eles colocam tudo na caminhonete antes que Liam e Zayn se jogam no banco de trás. Taylor vai para o banco do motorista — finalmente, porque ela tem me usado de motorista todos os dias desde que eu cheguei — e Niall declara domínio do passageiro da frente antes que Harry e eu falemos qualquer coisa.

— Bom, vou lá atrás — Aviso aos outros, me referindo ao compartimento de carga, já que não sobrará lugar para mim no banco de trás quando Harry entrar.

Me sento no chão amadeirado, puxo os fones de ouvido e o meu celular para fora do bermuda de tactel e coloco na playlist dos meus amigos para me aproximar deles embora estejam há muitas milhas de distância. Obviamente sinto saudades deles, mas, ando tendo mais diversão no interior do que poderia imaginar. Esperava que o desespero inicial de ter que passar três meses em Holmes Chapel durasse muito mais, porém, ele vem aos poucos desaparecendo.

Paper Rings || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora