-Mas também se dançar mostra tudo -Beatriz fala.

-Eu danço em casa -ela gargalha.

-É um saco vir pra esses lugares e não poder beber -Geh reclama.

-Ninguém mandou engravidar -Mari responde.

-Meu Deus -falo e todas nós rimos.

-Vocês estão engraçadinhas né -Geh faz careta.

Papo vai papo vem e uma música muito boa começa a tocar, juntamos todas as meninas e vamos para onde o pessoal está dançando e dançamos todas juntas.

Matheus Thuler

Eu estava no bar sentado na banqueta esperando minha bebida quando Gabriel caminha até mim e senta ao meu lado.

-Matheus? -ele me observa.

-Qual foi? -o olho.

-Tu ainda quer alguma coisa com a Dayanne? -ele me encara.

-Sei lá mano, acho que não. Por que? -a minha bebida chega e agradeço ao barman guiando minha atenção para Batista novamente.

-To interessado nela -falo olhando para trás de mim, onde eu acredito que Dayanne estava- posso ou você acha vacilo? -desvia o olhar para mim.

-Vai firme, mano. Relaxa -pisco pra ele que sorri.

-Valeu, tu é brabo -sorri e caminha até lá.

Eu continuo sentado lá e os observo por um bom tempo, Gabriel deve ser péssimo de papo Pq ela demorou bastante para aceitar, até que eles dão as mãos e vão para algum lugar que já não consigo mais avistar eles.

Não tenho certeza do que vai acontecer na verdade, mas me doeu saber que eles vão ficar, na hora que eu permiti não sabia que eu sentia ciúmes dela, mas percebi no exato momento em que ela saiu da minha visão acompanhada dele.

Resolvo deixar isso pra lá e volto para o palco, gravo alguns storys e brinco com os meninos, mas na minha cabeça só se passavam as cenas do Gabriel passando a mão na minha gata.

Desço do palco e volto para o bar, me sento lá e peço uma dose de whisky puro pra afogar meu ciúme e esquecer dessa situação.

Não se passa nem 5min e Day para ao meu lado, me olha de relance e pede uma caipirinha para o Barman, eu iria ignorar a situação, mas meu sangue ferveu a vendo me ignorar.

-Fiquei invisível? -a encaro.

-Não, mas já falei contigo hoje. Tá carente?

-Tu acha maneiro isso né? -sorrio nasalado.

-O que Matheus? -ela me olha.

-Tu pegar meus amigos... tu sabe que o cara é meu irmão e faz isso?!

-Ai Matheus me poupe -ela pega o copo no balcão e caminha saindo de lá, me levanto e caminho até ela segurando em seu braço a fazendo parar.

-Podia pelo menos disfarçar né, tu sai com meu amigo de mãos dadas da festa que todos os meus outros amigos estão? Tu não queria ser chacota, mas acha maneiro fazer os outros serem?

-Eu fui chacota muito tempo na tua mão Matheus, ou você achou que eu nunca ia descobrir? A diferença entre eu e você é que eu aprendi a superar -ela puxa o braço o arrancando da minha mão e sai andando sem me dar direito de resposta.

Estela Bernardes

Um bom tempo já tinha se passado e nesse momento já estava tocando pagode, os meninos estavam em cima do palco fazendo bagunça e nós na mesa de comida enchendo a pancinha até que Day caminha até mim e Raianny.

-Amigas vocês não vão acreditar -ela fala.

-O que foi? -a observo enquanto mordo um canapé.

-Acabei de beijar um dos amigos de vocês -ela ri.

-Meu Deus -Raianny ri- qual amigo? Gerson?

-Não, tá doida -ela ri novamente- o Gabriel.

-Barbosa? -me espanto.

-Não mongoloide, o Batista -responde.

-Mentira??? -falo a olhando surpresa- alguém viu?

-Não sei, mas o Matheus sabe e não gostou -ela faz careta.

-Ah com o tempo ele esquece -Raianny fala e ri.

-Eu vou buscar mais cachaça pq agora a festa ficou boa -brinco- vocês vão querer?

-Quero Piña colada -Raianny me olha.

-Beleza -caminho até o bar.

Peço as bebidas para o garçom e apoio no balcão vendo Matheus um pouco à frente, ele parecia pensativo, então resolvi ir lá ver se tava rolando alguma coisa, me aproximo dele e me sento ao seu lado.

-O que foi? Acabou a cachaça? -sorrio de canto e ele se vira para mim.

-Não, to puto -ele responde.

-Ué meu Deus, puto com o que? -o observo como se não soubesse de nada.

-Han, perdi minha gata -ele ri de canto- não sabia que ainda queria ela.

-A Day? Isso é pra aprender, quando ela tava contigo tu não queria -dou de ombros.

-Mas eu não sabia que eu queria ela, até ela pegar meu amigo -ele vira o líquido que continha em seu copo.

-Agora já foi, supera -sorrio e o barman me entrega as bebidas- se quiser conversar a titia Teca tá aqui -pego os copos no balcão e volto para onde estava com as meninas.

Falamos sobre a vida, sobre a gravidez da Geovana, sobre a mina do Gerson que nunca tá com ele e até sobre o pega de Day e Batista até que resolvemos ir dançar mais.

(...)

Eu estava dançando pagode sozinha ao lado de Vinicius e Raianny até que Matheus segura em meu braço me puxando para dançar com ele, e eu então o acompanho, uma de suas mãos vai até minha cintura e a outra segura minha mão.

Algumas músicas depois o pagode acaba e o funk começa novamente, eu já estava com Matheus então dançamos juntos o funk também.

Algumas músicas depois eu já estava no auge do meu cansaço, então aviso que já volto e vou para o bar em busca de água.

Eu estava bebendo a água até que sinto as mãos de Matheus em minha cintura, ele se aproxima e morde meu pescoço.

-Ver você dançando com esse vestido tá acabando comigo -fala em meu ouvido.

-Desculpa, não foi minha intenção -sorrio debochada e ele me vira pra ele.

-Desculpo se você me deixar tirar ele -me encara.

-Ah pronto, começou -sorrio de canto.

-Não começa a me rejeitar -ele se aproxima mais fazendo meu corpo grudar no balcão e gruda seu corpo no meu.

-Matheus a gente tá em público -o observo.

-Mas ninguém liga pra gente -ele sorri de canto levando uma das mãos até minha nuca e me beija.

Sua mão passeia pela lateral de minha cintura e repousa em minha bunda, mordeu meu lábio e termina o beijo com selinhos, segura na lateral de meu rosto e desce os beijos para meu pescoço, fecho os olhos sentindo meu corpo se arrepiar e respiro fundo.

-Me leva pra casa -falo baixo apenas para ele escutar.

-Agora? -ele para e me olha.

-Sim, não quer? -o encaro.

-Vou pra onde você quiser -ele ri e tira o celular do bolso pra chamar um Uber.

Caminho até Raianny e aviso que estou indo, converso com ela por um pequeno período de tempo até que vejo Matheus saindo do local, provavelmente o Uber tinha chegado, me despeço deles dois e vou para fora do local, entramos no Uber e vamos para minha casa.

The Beat of my Heart- Matheus Thuler Onde histórias criam vida. Descubra agora