[20] the world was made just to be seen by your eyes and lived for us

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— Ei, você está pálido, Jungkook... — Senti as mãos pequenas e quentes em meu braço, e seu tom era preocupado e eu conseguiria sentir isso a quilômetros de distância. — Você não precisa falar, eu vou pegar uma água, você...

— Não. — Abri os olhos, o procurando. — Fique aqui, eu quero... — Mordi o lábio. — Eu quero te contar, Jimin.

Ele piscou lentamente, seu rosto chegando cada vez mais perto do meu, ele também parecia nervoso.

— Só me diz que você não está me escondendo algo pelo qual eu vou chorar. — Foi um sussurro, um único sussurro que me fez entender que ele estava com medo do que ia sair da minha boca naquele momento, também era um pedido.

— Eu não posso prometer porque... — Olhei em seus olhos. — Não sei o que vai achar, Jimin. Mas eu prometo não ter feito nada de errado com você, nem agora... — Engoli seco, meus batimentos acelerando. — Nem antes.

Ele voltou ao seu lugar, parecendo tenso, mas pronto para me ouvir.

— Antes?

— Lembra quando você me disse que entrou na cafeteria por minha causa? — Perguntei, sentindo pesar ao ter que contar a ele de maneira que ele soubesse que quando ele contou, eu escondi.

— É claro que eu me lembro.

— Bem... — Baixei os meus olhos, tendo coragem o suficiente para olhá-lo novamente. — Eu já te enxergava naquela época, Jimin. — Encolhi os ombros, sentindo os olhos dele em mim com veemência. — Eu realmente gostava de você antes, talvez antes mesmo de você saber quem eu era, só que eu não tive coragem de te dizer isso.

Jimin me ouvia, seu silêncio não combinava com seus olhos um pouco turbulentos, por isso eu sabia que ele estava cheio de pensamentos conflituosos dentro de si. Ele apertou a tela, mostrando-a um pouco para mim, pedindo para que eu falasse especificamente daquilo.

— A tela... — Engoli seco. — Quando me tornei amigo do Tae, ele me pediu um favor e eu o pedi outro em troca, porque naquela época, não queria realmente ser próximo dele ou de qualquer outra pessoa. — Meu lábio tremeu e eu engoli aquele nó na garganta. — Então eu pedi essa tela num momento de impulso.

O olhei, achando seus olhos apreensivos.

— Por favor, não pense mal de mim... Por favor. — Meu coração começou a bater rápido. — Eu sei o que isso parece e eu juro que não é assim. Não fiz isso com más intenções, sei que não é correto, mas... Eu não sei, eu gostava de você e queria... — Apertei os olhos com força, conseguia ouvir meus próprios batimentos.

— Você queria...? — Jimin sussurrou.

— Eu queria me sentir um pouco mais perto do que jamais teria.

O silêncio que ficou entre nós dois era quase cortante, poderia furar as paredes com a tensão e meus batimentos queriam aumentar por não conseguir decifrar o que ele queria me dizer. Jimin abaixou os olhos, seu rosto indecifrável.

— Não pensa mal de mim... — Eu ia lacrimejar, estava sentindo, era como sempre acontecia todas as vezes que algo balançava meu emocional feito uma montanha russa.

Ele levantou seu olhar, piscando lentamente, buscando meu olhar, mas eu não queria olhá-lo porque estava com vergonha do que ele poderia pensar, e não queria ter que lidar com aquilo de frente sem nem ter me preparado, eu não queria ser ridicularizado a essa altura pelos meus próprios atos. Principalmente porque eu não julgaria se ele o fizesse, na verdade iria o entender.

21 Impulsos • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora