Uma coisa que eu queria achar era o escritório do Sebastian, ele deve ter um escritório, certo? Ele é o rei disso tudo, então ele dever ter um escritório, ou qualquer coisa parecida.

Viro mais um corredor. Argh! Será que eles nunca irão acabar? Meus pés já estão cansados e eu desejo nunca ter saído daquele quarto. Vejo um banco perto da janela e me sento ali mesmo, fecho os olhos e apoio a cabeça em minhas mãos, suspiro alto e desejo estar em minha cama para tirar um cochilo, mas eu não sei qual o caminho de volta.

— Perdida, minha rainha? — Uma voz rouca e bonita me pergunta me fazendo dar um pequeno pulo de susto. — Desculpe-me, minha rainha, não queria te assustar.

Olho assustada para a pessoa que está falando comigo e me deparo com um par de olhos cor de chocolate me olhando com diversão e um sorriso irônico em sua bela boca.

— Parece que eu estou perdida? — perguntei com tédio, seu sorriso aumentou e ele respondeu:

— Parece — afirmou.

— Então você está certo — falei voltando a fechar os olhos.

Um silencio caiu entre nós, eu sentia seu olhar queimando em mim, mas não liguei muito para isso, estava cansada demais.

— Você quer que eu te mostre o caminho de volta para o seu quarto? — Sua voz quebrou o silencio, abri os olhos e encarei seu belo rosto.

Assenti com a cabeça e ele se levantou da cadeira e me estendeu a sua mão para mim, eu aceitei e me levantei. Começamos a andar por vários corredores que pareciam nunca ter fim, se antes os meus pés já estavam doendo, imagine agora.

— Eu não aguento mais andar — choraminguei diminuindo o ritmo. O homem, que eu não sabia o nome, me olhou com diversão junto com um sorriso travesso e me disse:

— Isso não é um problema, minha rainha.

Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, ele me pegou e me jogou em seu ombro como se eu fosse um saco de batatas, dei um pequeno grito de surpresa antes de protestar:

— Ei! Me solte! — mandei batendo em suas costas.

— Você disse que estava cansada, minha rainha — disse zombeteiro.

— Pare de me chamar assim — pedi bufando.

Ele me ajeitou em seu ombro e começou a andar ignorando os meus protestos, acabei cedendo e relaxei em seu ombro parecendo uma boneca de pano.

— Como se chama? — perguntei depois de um tempo.

— Jules, minha rainha — me informou virando mais um corredor.

— Jules, já disse pra parar com esse negócio de "minha rainha" — reclamei. — Me chame apenas de Clary — pedi.

— Certo, Clary — concordou com um riso bonito.

Depois de virarmos vários corredores ele me colocou no chão, devo admitir que estava adorando que ele me carregasse, pois assim eu não precisaria andar.

— Já estamos quase perto do seu quarto, então vamos andado, você já estava pesada — brincou, dei um soco de leve em seu ombro, o que fez ele rir, e eu também.

— Então, Jules, você não me parece ser um Crepuscular — observei.

— É porque eu não sou, bobinha. — Me deu um peteleco de leve na testa me causando uma risada.

— Achei que Sebastian só tinha seus Crepusculares aqui — pensei, ele colocou as mãos para trás e caminhou calmamente ao meu lado.

— Digamos que eu seja um amigo antigo dele.

— Não sabia que Sebastian tinha amigos, não consigo pensar em ninguém em sã consciência que possa ser amigo dele. — Talvez eu seja meio cruel por dizer que ninguém seria amigo do Sebastian, mas isso parece meio impossível.

Ele riu seco e sem me olhar respondeu:

— Eu não tive muita escolha. — Vi que seus olhos perderam o foco ao dizer isso, será que Sebastian forçou ele a ser seu "amigo" ou coisa pior? Eu queria insistir nesse assunto, mas achei melhor deixa-lo de lado, por enquanto.

Eu ainda iria saber qual a história dele com o meu irmão.

Assim que virei o corredor pude perceber que era o corredor do meu quarto, me contive em gritar de alegria por finalmente chegar nele. Quando estávamos perto da porta do meu quarto, eu tropecei no tapete do corredor e já me preparei para cair de cara no chão, mas isso não aconteceu. Jules me puxou pela cintura antes que eu pudesse cair, eu bati em seu peito musculoso e nossas respirações ficaram ofegantes, nossos rostos ficaram a centímetros de distância.

Eu vi quando seus olhos desceram até os meus lábios, ele passou a língua em seus lábios molhando-os, meus olhos se prenderam naquela pequena ação. Eu podia sentir sua respiração em meu rosto, seu hálito de menta.

Ele desviou os olhos dos meus lábios e olhou para algo por cima do meu ombro, dei um sorriso de lado e logo voltou seus belos olhos cor de chocolate para a minha boca.

Beije-o, uma voz distante sussurrou na minha cabeça.

Seus lábios roçaram nos meus e eu queria fazer o que a voz me pediu, mas eu não fiz isso. Eu coloquei minhas mãos em seu peito e o afastei lentamente, senti meu rosto esquentar. Desviei o olhar e olhei para qualquer outra direção, menos os seus olhos. Ele coçou a nuca e também desviou o olhar, sem graça pelo que quase aconteceu.

— Desculpe — pediu, com a voz baixa.

— Tudo bem. — Um silêncio constrangedor caiu entre nós, pigarrei e lhe disse: — Bom, obrigada por me trazer até o meu quarto. — Comecei a andar de costas em direção à minha porta.

— Não foi nada. — Começou a se afastar, indo em direção ao caminho que viemos. — Te vejo no jantar.

E se foi, me deixando confusa com suas últimas palavras. Ele vai estar no jantar? pensei. Deixando isso de lado, entrei em meu quarto fechando a porta com o pé. Tirei meus sapatos e comecei a tirar o meu vestido, quando o vestido já estava no chão, a porta do quarto foi aberta com certa brutalidade.

[Notas]

Desculpa se tiver qualquer erro.

Até a próxima :)

Até a próxima :)

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Os Reis de Edom | 𝖢𝗅𝖺𝗌𝗍𝗂𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora