36 - É chegada a hora.

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— Achei que ela não morresse. — Deaton fala, e suspira também, se afastando um pouco de Jô, e olhando para todo seu estado, sem saber mais o que fazer, tríbridos não eram a sua grande especialidade.

— Bom, digamos que nem todos sabiam, mas . . . A Jô estava morrendo, tinha uma maldição a assolando, envolvendo um lobisomem daqui, Liam, eu acho. E ela tentou de tudo, procuramos uma solução em tudo, todo livro de magia, absolutamente nada apareceu. Ela escondeu isso de todos, pois tinha esperança de achar algo, mas não conseguiu. O ponto é, esse garoto e ela tem uma ligação pela maldição, e eu não sei explicar melhor, só . . . por favor, salve ela. — Sam explicou tudo de uma maneira clara, tentando deixar o médico a par de tudo, mas mesmo assim, não sabia se conseguia.

— A quanto tempo ela está morrendo? Eu não sabia disso, pra ser sincero, e nem sabia que era possível que ela, bom, morresse. — Deaton explicou seu ponto, egetando um remédio na veia de Josette.

— Meses. Eu diria uns cinco a seis meses. — Dean entrou na sala, respondendo pelo irmão, um pouco sem graça e calado agora. Estava se culpando, um caso típico do Winchester.

— Sinceramente, não sei o que está acontecendo, não sei nem mesmo como salva-lá, se é que isso seria possível, eu não tenho um diagnóstico para uma morte mágica, me desculpem. — Deaton se explicava, sem saber o que fazer de fato. — Eu posso mantê-la assim por um tempo, mas não muito, ela vai morrer, e é, estou confuso com tudo isso.

— Não se preocupe, Doutor. Eu sei como resolver isso. — Clarissa aparece na porta, segurando Liam em seu ombro, que também tinha a blusa manchada de sangue.

A dois dias, Liam e Clarissa se encontraram, e desde então, a garota vem tentando o ajudar, e ao saber o que tinha acontecido, mandou que Sam e Dean viessem diretamente para Beacon Hills. Josette e Liam tinham que estar juntos, pois um era a resposta para o problema do outro.

Dean suspira e sai batendo a porta.
Ele se sentia culpado. Ele podia não ser ele mesmo naquele momento, mas foi as mãos dele que empurraram a faca mais fundo quando viu que era ela. Jô podia ser um monstro as vezes, mas quem nunca foi monstro? Ela era diferente, e ele sabia disso. Ela era da família, e não exitou em ajudar ele, mesmo sabendo dos riscos. Mesmo sabendo que talvez Dean matasse ela no final do serviço.

Uma lágrima solitária cai pelo rosto do Winchester, mas ele a seca. Não tinha tempo para se culpar agora, tinha que ajudar a amiga a sair daquilo, e ele não descansaria enquanto não a tirasse dessa.

Ao olhar para o céu, de longe ele consegue ver nuvens carregadas de chuva e muitos raios cortando o céu, o que era extremamente estranho, pois a pouco estava calor e com um sol quente, céu limpo e brilhoso. Um redemoinho começa a se formar no meio daquilo e em seguida se dissipa. Ele resolve voltar para a clínica, mas ouve um grito estridente e coloca as mãos nos ouvidos, e em seguida é atingido por cacos de vidro.

Ele se levanta do chão quando tudo acaba, e então entra no lugar, vendo todas as coisas no chão e cheio de cacos, Liam e Jô ainda deitados nas macas e o rosto de Sam cortado por um vidro.

— O que aconteceu? — Dean perguntou, confuso e preocupado, estendendo um lenço para Sam.

— Foi a Jô. Ela acordou gritando, e depois, apagou de novo. Não sei o que está acontecendo lá, mas temos que agir agora. — Clarissa começou, e todos ali suspiraram, sem ideia do que fazer.

— Me desculpe dizer, mas ela passou meses conosco, e não achamos nada. Qual vai ser a sua solução milagrosa agora? — Dean questionou a bruxa, um pouco sem paciência, e com a culpa no peito.

— Desculpe sabichão, eu estou com uma tríbrida de quinhentos anos e um lobisomem feridos, praticamente mortos aqui, por sua causa. Então, me desculpe se eu preciso de um tempo pra achar uma solução pra isso e . . . — Clarissa foi interrompida por Tyler, que colocou a mão no ombro dela, negando com a cabeça.

— Todos estamos tensos e preocupados, e queremos ajudar eles. Mas eu tenho certeza que a Jô não ia gostar de ver as pessoas que ela gosta, brigando desse jeito. — O híbrido apaziguou, suspirando. — Eu acho que tem alguém que pode nos ajudar, e que sabe algumas coisas que não sabemos sobre a Jô. — Tyler esclareceu, e todos o olharam agora, esperando que continuasse.

Ele deu de ombros, e fez um sinal em direção a porta, e Theo passou pela mesma, segurando um livro velho na mão. Sua aparecia era de quem não dormia a alguns dias, e que guardava uma profunda tristeza.

— Oi. — Ele cumprimentou brevemente, deixando o livro na mesa ao lado de si. — Como o Tyler disse, eu acho que tem algo que pode ajudar a Jô. A um tempo, ela me mostrou esse livro antigo da avó, e tem um feitiço muito complicado, que a Clarissa já estudou com ela. É um nó de duas pontas de ligação. Ele liga você a uma pessoa importante pra si, tudo que acontece com essa pessoa, acontece com você, é uma forma de proteção. Clary pode usar ele no sentido reverso, e desligar Liam de Jô. Já é o primeiro passo, não podemos aplicar nenhum solução a ela com eles ligados, se ela morrer, ele morre. — Theo explicou, e todos na sala suspiraram, assentindo brevemente para aquilo.

Todos estavam tensos, Scott e os demais estavam a caminho para tentar ajudar com o que fosse possível, mas a ajuda que todos precisavam, estava vindo especialmente de um lugar mais distante, obscuro e mórbido, e estavam determinados a ajudar Josette.

𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 | 𝗧𝗪.Onde histórias criam vida. Descubra agora