Cap 10 - Camomila - Parte 2

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Cada centímetro que o bardo percorria com suas mãos naquelas costas era um arrepio que formigava em sua espinha, as vezes fechava os olhos para sentir essa sensação decadente de uma tensão se formando cada vez com mais intensidade naquela região abaixo de seu próprio umbigo.

E piorou mais ainda quando a região das costas tinha chegando ao seu limite, e então ele desceu suas mãos para a cintura, passando levemente o óleo, mas foi mais ansioso nessa parte, porque mais adiante era a parte da qual suas mãos coçavam para tocar, assim como ficavam ansiosas para tocar seu alaúde.

- Jaskier. - chamou Geralt, quase numa indagação.

- Não se preocupe, somos dois homens, e por sinal muito bem resolvidos. Estou aqui na qualidade de um enfermeiro, foque-se nisso. - inventou o bardo.

Na qualidade de um enfermeiro? Ah, era tudo menos isso. Jaskier na verdade, se pudesse, arrancaria suas próprias roupas e subiria naquela cama e botaria na prática tudo que sonhou desde jovem.

E por sinal, nenhum dos sonhos e idéias eram inocentes...

E realizando um de seus desejos impuros, Jaskier finalmente pôs suas garras naqueles dois montes perfeitos de músculos.

Sem querer soltou um suspiro, sentindo um latejar forte em seu "precioso companheiro", e sentindo também um pequeno incômodo dentro de suas calças. Continuou passando óleo no traseiro do bruxo, até que o mesmo estivesse totalmente coberto.

Ah... E quem disse que o óleo pioraria as coisas? Sim, piorou para o bardo, pois para o bruxo cheio de ferimentos estava sendo um alívio. Estava agora todo untado de camomila e sendo iluminado pela luz fosca e alaranjada da vela que parecia estar convidando o bardo morder aquela fruta proibida, a pular em cima do bruxo como como um gato em cima de sua presa.

- Jaskier. - chamou mais uma vez Geralt, despertando Jaskier de seus devaneios luxuriosos.

E quando o mesmo olhou para si, para baixo...

- T-terminei! - disse se afastando rapidamente e assustado - Não vire a cabeça assim! Continue deitado, fique quieto, e não precisa se vestir agora, deixe esse óleo todo secar. - soltou em uma fala disparada, cobrindo Geralt com o lençol da cama assim como Triss tinha feito naquele processo e se virou logo para a direção da tina, andando a passos apressados - Vou agora tomar meu banho, a água já deve ter esfriado... - disse como se estivesse reclamando - Boa noite Geralt.

- Não apronte. - disse o bruxo meio desconfiado dessa atitude estranha do bardo, mas resolveu não levar em frente, estava cansado demais para indagações. Respirou fundo aliviado, sentindo o efeito da camomila amenizando as dores de seus hematomas e feridas.

O bardo somente deu um aceno com a mão, mas sem se virar é claro, mas olhando de esguelha nervosamente.

- Merda... Por deuses... - sussurrou o mais baixo que pode e olhou para baixo.

O tal incomodo em sua calça era nada mais nada menos que seu membro latejando e ansiando por um alívio. Querendo sair de dentro daquele tecido e logo achar seu momento de prazer e depois a calma.

Calma... Ah, isso estava mais difícil de se achar naquele momento...

Mantenha a calma Jaskier, mantenha a calma... Respire fundo, é o melhor que pode fazer... Respire fundo... Respire fundo!". Pensou, respirando profundamente várias vezes.

E em vão, pois seu corpo estava queimando, precisando urgentemente de um outro corpo para extravasar essa tensão alarmante. Era o único jeito. A única saída.

Não!

Ele não queria isso!

Imaginar estar agora na cama de outra pessoa lhe trazia aversão. Seu corpo lhe dizia isso claramente. Seu corpo lhe dizia quase o torturando para ir no endereço para qual ele queria ser entregue.

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