Maria passou por um dos corredores em busca de ovos. Entretida a verificar os com ómega três que procurava sentiu uma presença a aproximar‑se mas ignorou concentrada na des‑ crição do produto.

Um assobio maroto ecoou pelo pequeno corredor atraindo a sua atenção. Olhou de esguelha e deu de caras com Daniel. Este, sempre muito sedutor sorriu para ela acenando‑lhe. Maria qua‑ se derrubou o cartão de ovos que tinha nos braços, mas teve de controlar‑se e começou a andar muito rapido em direção a outro corredor. Entrou atrapalhada olhando sempre para trás, mas no corredor dos chocolates voltou a encontrar‑se com aquele rosto perseguidor e uma voz candida soprou.

‑ Mon cheri são os melhores.

‑ Eu sei que são...

‑ Chocolate e licor como dizem aqui 2 in 1 não é?

‑ É mais ou menos isso, mas diga‑me o que quer de mim?

‑ Um beijo.

‑ Porque quer fazer isso sabe que tenho marido ‑ Maria voltou‑se de costas para o latino apreciar seu corpo bonito ten‑ tando fugir por outro corredor quando sentiu as mãos firmes de Daniel pegarem‑lhe nos braços fragies.

‑ Porque tanta presssa? – Daniel sorriu exalando um perfume forte que desconcertou Maria.

‑ Eu não lhe posso dar o que quer...

‑ Eu tenho saudades suas, beija muito bem, foi o melhor beijo da minha vida – Daniel fez um ar fragil deixando os olhos tomba‑ rem nas pernas de Maria.

‑ Mas foi só um erro meu.


‑ Erro nosso... Erramos juntos... Erro bom...Tu me encantas muito flor...

Maria olhou para os lados preocupada com a filha e o marido. Tentou em vão soltar‑se, estava envolvida pela vontade e pela culpa que se misturavam em seus pensamentos dilacerando seu peito.

‑ É só um beijo... yo me sinto tão sozinho aqui, você tem tudo

– largou os braços dela – Uma familia belissima, um lindo corpo e eu não tenho nada – Afastou os crespos cabelos – Eu invejo tanta felicidade, sinto‑me meio perdido, só queria viver um pou‑ co dessa doçura que é a sua vida... Um beijo e desapareço da sua vida...

‑ Mas... Aqui, assim... Não pode ser...

Daniel roubou um beijo a grande dama deixando‑a meio per‑ dida entre o corredor... A sua presa suspirou fundo em busca de óxigenio e espaço para se esconder, mas Daniel foi ao seu encon‑ tro prendendo‑a no corredor onde tombaram alguns pacotes de chocolates... Ergueu seus braços entrelaçando os dedos e antes que esta ripostasse beijou‑a novamente deixando Maria entrar naquele veneno que podia compremeter todo o seu casamento.

‑ Agora sim... Nunca mais... Prometo – Daniel cruzu os dedos beijando‑os e deu espaço para Maria ajeitar‑se e sair daquela armadilha um pouco perdida.

‑ Eu... Eu nunca mais... Quero encontrar‑me consigo, por

favor...

‑ Com certeza madame gracias pelo beso...

Latino ficou a olhar Maria meio desligada caminhando pelo corredor. Não sabia ao certo o que queria de Maria, mas começa‑ va agradar‑lhe aquele jogo e antes que esta desaparecesse pelo corredor alertou.

‑ O seu celular madame....

‑ Estou perdida... Por favor devolva‑me o meu telemóvel...

‑ Aqui... Está aqui...

‑ Eu não acredito – Maria abanou a cabeça com o desleixo e voltou para recuperar o temóvel para exaltação de Daniel que assim podia entreter‑se ao ver aquela bela mulher caminhar em sua direção.

‑ Muito obrigada.

‑ Mira! Anotei meu número se quiser voltar a ver‑me é só ligar.


‑ Aí, não sejas presunçoso.

Antes que desaparecesse fez uma careta ao fundo do corre‑

dor e atirou.

‑ Eu vou apagar o teu numero. Adeus...

o assassino de corações - Falsa SubmissãoWhere stories live. Discover now