Uma Noiva Para O Escocês

Capítulo 4 - Os Mistérios dessa Terra

— O senhor está bem? — me aproximo e lhe ajudo a se levantar, pegando os doces que caíram.

— Não precisava se preocupar senhorita, seu vestido acabou sujando. — eu olho para a barra do vestido arruinada mas dou de ombros, se eu tivesse de calças seria tão mais prático.

E então eu olho ao redor procurando Ian, mas não o encontro. Me despeço do homem e saio em sua procura, pergunto algumas pessoas e elas me apontam para um beco entre os comércios. Acho estranho Ian entrar ali, mas sigo para o local, no entanto, estanco assim que dois homens se aproximam, um me cerca pela frente e o outro atrás.

— Que bela joia você tem no pescoço. — toco meu pescoço e me lembro do medalhão que venho usando com frequência.

— Acho que podíamos fazer um bom dinheiro com esse vestido também.

O homem tira uma faca pequena do bolso e eu engulo em seco, tremendo pois não sei aonde ir e não imaginava que as pessoas daqui assaltavam. O homem se aproxima e eu me encolho na parede, mas escuto a voz de Ian e grito seu nome.

— Aila...

Ele chega até o beco e me olha confuso, mas então vê o homem com a faca e o quanto estou encolhida e tira sua espada da cintura e ameaça os homens. O desarmado sai correndo, mas o com a faca olha para Ian com desafio e eu fico tensa, temendo pelo que pode acontecer. E então o cara avança com a arma e sem pensar duas vezes, lhe desfiro um soco no olho e o homem cambaleia, deixando a faca cair no chão, aproveito e lhe chuto a canela o que faz ele urrar de dor e mexo minha mão, sentindo a dor do golpe.

— Maldito! — praguejo enquanto o homem sai correndo e Ian me olha assustado. — Desculpe eu não queria ter saído de perto de você...

Ian guarda a espada, se aproxima e segura minha cintura, seus olhos estão em minha boca e eu envolvo meus braços em seu pescoço. E então ele me devora, deixando sua boca cair sob o meu colo, enquanto eu bagunço seu cabelo e gemo baixinho em seu ouvido, suas mãos passeiam pelo tecido do meu vestido e ele me encara.

— Você está com roupas demais querida... — ele sorri e eu beijo seu rosto. — Você me deu um susto, nunca mais faça isso...

— Me desculpe... quando vi o boticário fiquei feliz pois quero fazer alguns perfumes... — falo encabulada e ele toca meu rosto.

— Tudo bem. Eu só estou feliz de ter você e gosto de tê-la em meus braços, se não percebeu é a mulher mais bonita daqui e eu quero muito que todos saibam que você é minha. — fico surpresa com a sua atitude de macho alfa e apenas sorrio.

— Completamente sua Ian MacGrath.

Ele me ajuda a sair do beco e diz que as pessoas não são confiáveis, que o assalto vem acontecendo muito nos últimos anos e que preciso tomar cuidado. Subimos em seu cavalo e Ian cavalga em direção ao castelo, ele me questiona se quero um dia visitar minha família e eu decido que posso fazer isso nos próxoimos dias, para não parecer estranho e também para mexer nas coisas de Aila e encontrando um pouco mais sobre essa garota, quem sabe um diário?

***

Chegamos ao castelo e Ian é solicitado por seu pai e eu apenas me despeço com um beijo e subo para o quarto com as compras. Olho para as essências que comprei e penso no que fazer, nunca tentei fazer um perfume, mas como tinha tempo de sobra, resolvi me arriscar. Começo a misturar algumas essências e espirro várias vezes, pois as coisas não deram muito certo. Frustrada, resolvo deixar aquilo de lado por enquanto e quem sabe Davina saiba fazer algum perfume e me ajude?

Resolvo procurar a mulher pelo castelo, mas não vejo nenhum sinal dela. Mota diz que é do feitio dela aparecer e desaparecer quando quer, o que me deixa emburrada pelo resto da tarde. Mas resolvo explorar alguns pontos do castelo que ainda não conheci e fico feliz ao descobrir uma modesta biblioteca, com algumas poucas prateleiras, mas rodeada por livros. Como não tem ninguém na sala, aproveito para ver alguns títulos.