Não quero perder mais uma na minha vida. Temos uma conexão incrível, nos conectamos por olhares, os toques são arrepiantes, com viveria sem sentir isso novamente? Talvez eu só preciso transferir energias boas para ela que tudo ficará bem.
Ao perceber Rodrigo se aproximando andei em sua direção fazendo nossos corpos se chocarem em um abraço apertado.
Rodrigo: diz que está tudo bem com ela, por favor. - chorava desesperadamente sobre meus ombros.
Priscila: eu não sei. Não tenho nenhuma notícia ainda. Estou desesperada, Rodrigo.
Rodrigo: o que aconteceu na verdade?
Pedi para que ele sentasse e lhe expliquei melhor tudo que aconteceu nas últimas horas. Rodrigo avisou para a família de Natalie que mora no Sul, em Canela, eles claro ficaram desesperados com a notícia e viajariam o quanto antes para cá. Depois de mais uma hora sem notícias vimos o médico que a atendeu saindo por uma das portas daquele hospital, ele parecia exausto. Nem esperamos ele se aproximar levantamos da cadeira e andamos até ele, estávamos desesperados por notícias e que essas fossem boas.
Priscila: Doutor como ela está?- ele transparecia desanimo, não parecia que daria notícias boas.
Médico: Vocês são da família?
Priscila: somos amigos dela. Os pais de Natalie moram em outra região estão vindo para cá.
Médico: tudo bem. A cirúrgica foi bem sucedida, mas... - ele olhou para Rodrigo e depois para mim. - pelo fato dela ter perdido muito sangue em uma velocidade muito rápida durante o caminho até aqui ela acabou entrando em estado de coma.
Rodrigo: como assim? Por deus, explica melhor isso doutor.
Médico: vamos fazer todo o acompanhamento necessário da paciente, principalmente em sua recuperação pós cirúrgica, mas fora isso só nos resta esperar, não sabemos quanto tempo isso vai durar, podem ser de dias, meses à anos.
Priscila: Meu deus! Isso parece um pesadelo, só pode. - sentei em uma das cadeiras no corredor, tentei entender a gravidade da situação. A pressão exercida sobre meu corpo por tamanha angústia.
O médico me permitiu ver Natalie, então fui levada até o quarto onde ela estava. Caminhamos em um longo corredor e chegamos no final, nas últimas portas existentes ali. O médico abriu a porta e esperou que eu entrasse, ficou me olhando. Eu parei um pouco antes de entrar, olhei para ele, respirei fundo e dei os primeiros passos, ela precisa sentir boas energias, nada de desespero aqui.
Ela estava deitada, coberta por um lençol branco e um tubo em sua boca, além dos medicamentos que eram injetadas na sua mão direita. Sua pele ainda era pálida, mas os lábios ganharam mais cor se comparado a quando chegamos. Me aproximei lentamente dela, olhei para seu rosto e depois para sua mão esquerda que estava estendida ao lado do seu corpo, como um impulso segurei, sua mão estava relativamente fria, entrelaçei meus dedos nos dela.
Priscila: ela está fria. - mencionei desvando o olhar rapidamente para o médico ao meu lado. Logo voltando a observar Natalie.
Médico: ela perdeu muito sangue, a circulação ainda está comprometida, mas logo ela apresentará uma maior temperatura corporal. Pode ficar um tempo com ela, eu preciso voltar. - eu assenti dando um sorriso amarelo para ele que deu a volta e saiu do quarto com as mãos no bolso de seu jaleco.
Continuei acariciando sua mão, transmitindo nem que fosse o meu calor para. E é impressionante que mesmo diante de tudo ela é capaz de me transmitir paz só por tocá - la, ah essa conexão estranha... Essa reciprocidade é tão preciosa. Espero que ela esteja recebendo essa energia boa na mesma intensidade que eu estou. Inclinei-me um pouco para depositar um beijo em sua testa, pausei meu lábio suavemente, foi tão singelo que uma lágrima escapou dos meus olhos e caiu sobre seu rosto. Dei um sorriso fraco e enxuguei a lágrima delicadamente.
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MINHA PEQUENA
Fanfiction(Finalizada) "Não existe nada tão precioso na vida quanto o amor recíproco. A vida é tão pequena e frágil quanto o amor da minha vida em meus braços" - Smith. Essa é uma história de amor recíproco entre Natalie Smith e Priscila Pugliese. Um primeiro...
9- Ela não merecia isso.
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