Eu sabia bem no que ela estava pensando sobre isso. Não era nenhum julgamento, e eu sabia disso. Afinal, eu teria que contar algum dia.

— Tudo bem, tudo no seu tempo. Mas eu espero que até lá, você tenha a coragem que no fundo você sabe que tem. Eu como sua amiga, eu sei e acredito nisso. — ela sorriu sem esboçar seus dentes alinhados.

— Eu sei... — suspirei frustrada.

Aquilo realmente era um fato e uma realidade que eu não poderia fugir, mesmo que eu não quisesse.

— Sabe que isso também acaba sendo meio confuso, né?

— Como assim? — a perguntei.

— Bom, você e ele agora estão bem mais próximos. São até amigos... — falou, pausando sua fala por um momento, mas logo voltar a falar: — Você nunca parou para pensar que talvez ele pode gostar de você? — perguntou, todavia, eu a olhei confusa.

— Não. — a respondi. — É exatamente por isso que escrevo as cartas. Se ele não souber quem eu sou, eu tenho expectativas até um dia eu resolva contar tudo a ele.

— Não é isso Jane... Eu falo sem envolver essas cartas, sendo somente você. A Jane. — seu questionamento fez com que minha a mente pensasse aleatoriamente, mas não havia nada que chegasse a alguma conclusão de que o Ryan gostava de mim bem mais que uma amiga.

— Não... — disse. — Seria impossível ele gostar de mim.

— Não seria não! — exclamou. — Você é uma garota incrível, dona Jane Wayson. O que eu suponho é: e se em todo esse tempo ele talvez tivesse te notado? — perguntou. E mais uma vez, minha mente param nos meus perdidos pensamentos.

Lembro-me exatamente do dia em que Ryan falou o meu nome sem nem eu mesma ter dito, era como se ele me conhecesse, mesmo assim, não era algo que se comprovava...

— É impossível Olivia. — digo convicta. — Ryan nunca me notou, a não ser depois de nossa aproximação tão repentina e agora a nossa amizade.

Amizade...

Era impressionante como isso não soava algo tão ruim, mas mesmo assim era bastante estranho. Levando ao fato de que eu sempre gostei dele e ele nunca soube.

— É... Pode ser... — a ruiva falou.

— O que foi? — perguntei.

— Não é nada... — ela falou, mas por algum motivo desconhecido, eu sentia que havia algo de estranho já que ela estava tão pensativa quanto eu. Mesmo assim, resolvi não perguntar nada.

R Y A N   P A R K E R

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R Y A N   P A R K E R

Antes...

     A minha conversa com o senhor Finch, zelador da escola, foi bastante longa. O mais velho tinha assunto de sobra e eu gostava bastante disso.

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