– E dois de nós devemos nos acorrentar a essa coisa – disse Black, cutucando Pettigrew
com o pé. – Só para garantir.

– Eu faço isso – disse Lupin.

– E eu – disse Rony decidido, mancando até o prisioneiro.

Black conjurou pesadas algemas do nada; e logo Pettigrew estava novamente de pé, o braço
esquerdo preso ao direito de Lupin, o direito preso ao esquerdo de Rony.

Rony estava muito sério. Parecia que Perebas ser o verdadeiro vilão da história havia realmente lhe ofendido. Era compreensível.

A formação da saída da casa era simplesmente estranha. Bichento ia na frente, seguido de Lupin, Pettigrew e Rony, que estavam com as pernas entrelaçadas. Depois vinha o Prof. Snape, flutuando feito um fantasma, os pés batendo em cada degrau que descia, seguro por sua própria varinha, que Sirius apontava para ele. No final, vinha eu, Harry e Hermione.

Avançávamos lentamente pelo túnel em fila indiana, com Bichento na liderança. Notava que a cabeça de Snape sempre batia no teto do andar de baixo, e Black não parecia muito interessado em evitar

– Você sabe o que isso significa? – perguntou Black a Harry enquanto faziam seu lento progresso pelo túnel. – Entregar Pettigrew?

– Você fica livre... – respondeu Harry.

– É. Mas eu também sou, não sei se alguém lhe disse, eu sou seu padrinho.

– Eu soube – disse Harry.

– Bem... os seus pais me nomearam seu tutor – disse Black formalmente. – Se alguma coisa
acontecesse a eles...

Eu e Hermione demos um espaço para os dois falarem em privacidade

– Eu me ferrei bonito com essa coisa de Snape – disse, balançando a cabeça – Na hora foi legal, de verdade. Odeio Snape, acho que todos que não são da Sonserina odeiam. E esse ano em especial, meu Merlim, ele estava horrível.

– Bom, foi imprudente da sua parte – ela disse, me repreendendo –, mas foi legal.

– Talvez a gente só diga que Snape estava louco e que na realidade eu falei que ele devia investigar melhor os fatos – comentei, baixo – E ele tropeçou e bateu com a cabeça na estante, desmaiando. Realmente uma pena.

Eu e Hermione rimos baixo, não queríamos atrapalhar a conversa de Harry com seu novo padrinho, agora legal. Ao menos a única pessoa da minha família que havia ido para a Grifinória não era um assassino. Achei um progresso.

Quando os dois da frente pararam de conversar, Sirius atrasou um pouco o passo; uma pena para Snape, que ficou batendo a cabeça no teto. Hermione se juntou a Harry, deixando eu do lado de Sirius

– Você não foi pra Sonserina, não é? – perguntou Sirius, me encarando, como se eu fosse uma espécime rara.

– Grifinória – murmurei – você estava certo

– Sabe, eu também fui da Grifinória. – disse ele, como se fizesse uma revelação

– Eu soube – falei, dando um risada seca - Seu nome já apareceu em algumas discussões.

– Imagino que seja falando como eu era uma escória, um traidor de sangue – ele disse, e eu balancei a cabeça, concordando relativamente. Acho que não era necessário eu falar que minha última briga tinha sido exatamente por isso – Como eles ficaram? Lúcio e Narcisa, no caso.

– Com muita raiva, é claro, principalmente meu pai. Ele estava realmente bastante animado quando eu entrei, diria que foi, no mínimo, frustrante.

Agora foi sua vez de dar uma risadinha seca. Devo dizer que quando eu fazia isso era bem menos assustador do que Black.

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